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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Polipose Adenomatosa Familiar (FAP)

A polipose adenomatosa familiar (FAP) é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de numerosos pólipos adenomatosos  no cólon e reto (nos casos extremos, o intestino é coberto com uma miríade de pólipos) e um grande risco para o surgimento de tumores colo-retais. 
Constitui-se em uma síndrome que predispõe o paciente afetado a desenvolver a neoplasia colônica. Esta é uma doença pré-maligna, onde um ou mais pólipos progridem de displasia para câncer nos portadores não tratados. A carcinogênese pode se apresentar em qualquer idade.
Muitos pacientes desenvolvem os pólipos de forma assintomática.

Entretanto, alguns sintomas podem ocorrer:
· presença de sangue acompanhando as evacuações;
· períodos de diarréia e/ou constipação não explicados pela dieta ou por viroses;
· dor em cólica na região gástrica;
· sensação freqüente de distensão abdominal;
· perda de peso persistente e não explicada;
· astenia.

O diagnóstico precoce é importante para a detecção e prevenção antecipada do câncer. Os exames realizados  para detectar a presença de pólipos são:
· Sigmoidoscopia flexível: é o primeiro teste usado para examinar o interior da parte distal do cólon. Ele permite determinar se pólipos ou câncer estão presentes,
· Colonoscopia: é um exame que permite a visualização de um segmento maior do que o permitido pela sigmoidoscopia. Tecidos podem ser removidos de qualquer parte do cólon para estudo microscópico durante esse procedimento, 
 - Enema baritado: é um teste no qual uma solução de bário é inserida como enema no cólon. Permite que o mesmo seja delineado à radiografia. Se os pólipos estiverem presentes, eles poderão ser vistos no raio-x. Esse exame não deve ser realizado em gestantes devido ao risco de radiação ao feto.

Devido à associação de adenomas com o desenvolvimento de adenocarcinomas, os pólipos colônicos devem ser removidos ou destruídos.

O tratamento é normalmente feito pela colectomia total com ileorretoanastomose ou proctocolectomia total com ileoanastomose definitiva. No primeiro caso, é necessária a fulguração dos pólipos localizados no reto, uma vez que não haja evidência de transformação maligna. O paciente deve ser revisto com intervalos de 6 meses para afastar a possibilidade de formação de novos pólipos com potencial maligno.
Atualmente, em casos selecionados, vem sendo adotada a retirada total do intestino grosso com anastomose de uma bolsa ileal (reservatório ileal) ao canal anal.

2 comentários:

  1. o histórico familiar da minha família é que nós temos muita probabilidade de ter, meu pai e mas seus 4 irmãos morreram com complicações no tratamento dos polipos, que na família é mas agressivo, nós filhos estamos com muito medo de ser diagnosticados, 2 de minha irma fez colonoscopia e vão passar por cirurgia , mas eu não quero fazer o exame para dignosticar.

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    1. Boa tarde!
      Quanto antes vocês fizerem os exames para diagnosticar é melhor. A nossa ostomia foi por causa da Polipose Familiar, porém meus 2 irmãos puderam fazer a reversão, pois foi diagnosticado a tempo, portanto seria bom que você fizesse a colonoscopia, pois quanto antes diagnosticar o risco de ficar ostomizado definitivo é menor.

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