E-mail: ostomiasemfronteiras@yahoo.com.br

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!!

O Blog “Ostomia sem fronteiras” deseja a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!!!!

Que o seu Natal seja cheio de amor, alegria, harmonia, união e completo de paz.

E que o Ano de 2015 seja repleto de realizações e surpresas, que a fé e a esperança sejam renovadas diariamente, trazendo aos seus dias tudo o que deseja e merece, e que você tenha muitos motivos para sorrir e ser feliz.

Chris e Cláudia Yamada


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Presidente Dilma sanciona lei que beneficia pessoas ostomizasdas

A Presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 24/09/2014 a Lei 13.031/2014 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13031.htm), que torna obrigatória a colocação do Símbolo Nacional de Pessoa Ostomizada, de forma visível, em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas ostomizadas e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso, principalmente no acesso aos banheiros públicos e privados.
Esta lei foi publicada no dia 25/09/2014, no Diário Oficial da União (DOU).
O projeto (PLC 103/2013 (http://www.senado.leg.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=115176)) que deu origem à lei (http://www12.senado.gov.br/noticias/2014/09/02/vai-a-sancao-texto-que-obriga-locais-publicos-a-exibir-simbolo-de-pessoa-ostomizada) foi aprovado pelo Senado no esforço concentrado no início de setembro deste ano. Esta lei tem como objetivo assegurar aos ostomizados um local adequado, fora de sua residência, para o esvaziamento da sua bolsa coletora.
A ostomia é um procedimento em que se abre uma passagem no abdome, chamada ostoma, para a saída de fezes e/ou urina. Este procedimento é necessário em casos de câncer de reto, intestino grosso ou bexiga; retocolite ulcerativa, mal de Crohn, mal formação congênita, pessoas que tiveram perfurações acidentais no abdome, como ferimento a bala, entre outros.
Depois da cirurgia o ostomizado utiliza uma bolsa coletora para recolher o conteúdo a ser eliminado (fezes e/ou urina) e, muitas vezes, desiste de sair de casa com receio de não conseguir fazer a limpeza da sua bolsa em banheiros públicos
Este símbolo nacional da pessoa ostomizada foi criada no Japão, que cedeu a imagem ao Brasil. O objetivo é tornar visível a luta de quase 200mil ostomizados do país. A propostoa é de autoria do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) e teve como relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) o senador Paulo Paim (PT-RS).

Agência Senado

http://www.senado.leg.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ostomia x Atividade física x Alimentação

Christiane e Cláudia Yamada

Não importa se o seu objetivo é melhorar o desempenho na corrida ou apenas entrar em forma, para alcançá-lo é essencial aliar uma dieta equilibrada à prática regular de atividade física. Se engana quem pensa que a alimentação é importante apenas antes do exercício, pois comer corretamente após os treinos e competições é muito importante, pois ajuda na recuperação do corpo, na reposição dos estoques de energia e na proteção do organismo.

Além da alimentação, precisamos nos preocupar com a hidratação, pois a atividade física leva a uma perda de água pelo organismo, e deve ser reposta por uma ingestão maior de líquidos durante e após os exercícios, como forma de prevenir a desidratação.

Para você saber se está bem hidratado, uma boa orientação é fazer a pesagem antes e após o treino. Se depois do treino os ponteiros da balança abaixarem, isso indica que você perdeu líquido e deve repor. Uma dica é: para cada Kg perdido durante o exercício, beba 5 copos grandes de água nas horas subsequentes ao exercício.

É importante ingerir de 400 a 600 ml de líquido 2 a 3 horas antes do exercício físico; de 150 a 250ml de água ou isotônicos a cada 15 a 20 minutos a partir do início do exercício e após, ingerir água em abundância.

Os repositores industrializados contêm de 6-8% de carboidratos e são absorvidos mais rápidos do que água mineral e podem oferecer energia ao corpo. Já foi comprovado que consumir carboidratos durante exercícios mais extensos, retarda a fadiga e melhora a performance, mas, aqueles que querem queimar mais gorduras devem consumir só água. Os isotônicos também possuem mineral em sua composição, principalmente sódio e potássio. Porém, não devemos consumir bebidas isotônicas diariamente, como se fossem suco ou água, pois estas bebidas apresentam indicações específicas, como para a reposição de minerais para atletas/esportistas e em caso de desidratação por vômitos e diarreia. A ingestão excessiva destas bebidas pode prejudicar o rim, que é órgão responsável por filtrar os nutrientes e a água presentes nos alimentos e bebidas para serem eliminados na urina.

Em relação à alimentação, precisamos dar algumas recomendações importantes:
-Nunca pratique atividade física em jejum;
-É desaconselhável a prática de atividade física imediatamente após as grandes refeições (almoço e jantar);
-Alimente-se de 3hs em 3hs, pois esta prática preserva os estoques de energia do organismo (glicogênio muscular e hepático) e evita a quebra de músculos para suprir esta energia. Pular as refeições contribui para a redução da massa magra corporal (músculos), para a fadiga durante os exercícios e para o acúmulo de gordura no abdômen.
-Incluir alimentos ricos em antioxidantes (frutas e vegetais) para minimizar o desgaste gerado pelo treino intenso;
-Aumentar o consumo de água pura ou suco natural, principalmente durante e após atividade física;
-Evitar gorduras, como maionese, embutidos, queijos amarelos, porém não deixar de consumir as gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas, como: coco, gergelim, azeite, castanhas, nozes...;
-Não exceder o consumo de proteínas: quantidade excessiva de proteína pode sobrecarregar órgãos como fígado e rim, prejudicando a saúde. A proteína deve estar presente em todas as refeições da dieta, em quantidades moderadas. Podem ser usados leite e derivados, carne (principalmente magras e brancas), ovos e leguminosas (feijão, soja, lentilha);
-Ingerir boas fontes de fibras nas refeições (cereais integrais, arroz integral, verduras, legumes, frutas, grãos com casca, pois tem efeito de propiciar uma liberação mais lenta da glicose para o sangue, fornecendo energia ao organismo de forma gradativa);
-Evitar excesso de açúcar e sal;
-Evitar bebidas gaseificadas (refrigerantes): os refrigerantes possuem grande quantidade de açúcar, sal, conservantes, corantes...opte pelos sucos naturais, água de coco e água mineral;
-Evitar bebidas alcoólicas: As bebidas alcoólicas causam desidratação porque aumentam a diurese (urina), inibem as vitaminas podendo levar à deficiência destes nutrientes, intoxicam o fígado e o sistema nervoso central causando prejuízos ao funcionamento do corpo e possuem calorias vazias, que em excesso, viram gordura corporal;
-Garanta tempo suficiente para descanso entre os treinos e boas noites de sono.

O que comer antes do exercício?
- O ideal é uma refeição leve, cerca de 40 minutos a uma hora antes do exercício, com fruta, suco natural ou água de coco, que possuem carboidratos de alta absorção, e mais uma porção de biscoitos ou torradas, pão com mel ou geléia;
- Alimentos ricos em proteína, como: leite, iogurte, queijo, carnes, ovos têm digestão mais lenta e podem causar algum desconforto. Se for o seu caso, evite consumi-los antes do exercício;
-Alimentos ricos em gordura são desaconselháveis antes da atividade;
-Alimentos ricos em cafeína, como café, chá preto, chá mate, são diuréticos e não devem ser usados em excesso antes do exercício;
-De uma forma geral deve ser baseada em carboidratos, moderada em proteínas e baixa em gorduras, para garantir uma digestão fácil.

Sugestões de alimentos pré-treino:
-Pão com margarina ou geléia de frutas + iogurte + salada de frutas com mel
-Banana com aveia e mel + suco de frutas + queijo branco
-Cereal integral com leite desnatado e fruta
-Batata doce cozida + atum em lata + 1 fruta ou suco de frutas
-Pão integral com peito de peru e queijo branco + suco de frutas

O que comer durante o exercício?
Em atividade física com até 60 minutos de duração não há necessidade do consumo de alimento durante a prática. Mas é importante manter a hidratação.
Se o exercício tiver mais de 1 hora de duração, os isotônicos são boas opções. Opte por bebidas que contiverem de 50 a 70 gramas de carboidrato por litro. As bebidas devem conter também os eletrólitos (sódio, potássio) que são perdidos durante a prática e devem ser consumidas em intervalos regulares de 10 a 15 minutos. 
O consumo de alimentos fontes de carboidratos (frutas e barras de cereal) durante o exercício, complementa a quantidade do nutriente ofertada pelos isotônicos; melhora o desempenho e pode retardar a fadiga nos exercícios intermitentes e de alta intensidade.

O que comer após exercício?
Após o exercício, a alimentação é importante porque a recuperação e o aumento da massa muscular são dependentes de um aporte energético adequado. Caso você não tenha uma refeição adequada e balanceada, há risco de que a massa magra seja usada para reposição dos estoques de glicogênio.
Após o exercício, o ideal é uma dieta que tenha carboidratos e proteínas. A ingestão de alimentos ricos em carboidratos, como pães, batatas, macarrão e arroz, ajuda a restabelecer os estoques de energia no organismo do atleta perdidos durante a prática esportiva. Já a reposição de proteínas pode ser feita por meio de leite ou derivados, frango, peixes, ovos, mas a proporção deve ser de duas a três porções de carboidrato para uma de proteína. O excesso de proteína não será estocado pelo organismo, o excedente será excretado pela urina.
O ideal é que a reposição dos estoques de energia seja feito logo após o treino. Quanto antes melhor. Se você treina longe de casa ou seus horários não permitem incluir uma boa refeição após o treino, tenha sempre consigo uma barra de proteína, um sache de mel, frutas frescas ou secas, procure ingeri-los junto a suco e iogurtes. Estes alimentos farão com que você aguarde o horário da refeição com mais tranqüilidade e não prejudique a recuperação dos estoques de glicogênio muscular.
Se ao terminar o seu treino você estiver com fome, isto significa que você não está se alimentando direito e seu organismo está usando massa magra como fonte de energia!

Sugestões de alimentos pós-treino (até 40 minutos após):
-Shake com extrato de soja ou leite desnatado, fruta e mel + queijo (treino de tarde ou de manhã)
-Pão branco com patê de atum light + suco de frutas (treino de tarde ou de manhã)
-Batata inglesa cozida + peito de frango + salada verde + suco de frutas
-Arroz branco + peixe + legumes e verdura + frutas
-Macarrão com molho de tomate e atum + legumes + água de coco
-Pão branco com mel + suco de frutas + oleaginosas (treino de tarde ou de manhã)
-Salada de atum com legumes e batata + suco de frutas

Esperamos que vocês tenham gostado e que consigam aplicar uma alimentação saudável no dia a dia!
Um grande abraço!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O ostomizado tem direito a meia-entrada?

Christiane e Cláudia Yamada

De acordo com a Lei 5296 de 02 de dezembro de 2004, a pessoa ostomizada é considerada pessoa com deficiência física.

A Lei Municipal no 12.975, de 22 de março de 2000 dispõe sobre a concessão de meia-entrada (desconto de 50% nos ingressos) para maiores de 65 anos e portadores de deficiência nos espetáculos culturais, artísticos e esportivos promovidos ou subsidiados pelo governo municipal ou órgão da administração indireta, realizados no município de São Paulo.

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei no 12.933, de 26 de dezembro de 2013, que regulamenta o direito à meia-entrada no acesso a cinemas, cineclubes, teatros, shows musicais, circos, eventos educativos, esportivos, de lazer e de entretenimento.

As novas regras ampliam o acesso ao benefício, que até então era restrito aos estudantes e aos maiores de sessenta anos, e o direito de pagar a metade do preço em ingressos foi estendido para pessoas com deficiência, inclusive para o acompanhante, quando necessário, e jovens de 15 a 29 anos que comprovarem renda familiar mensal de até dois salários mínimos.

A lei prevê que o benefício da meia-entrada vale apenas para 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento. Para fiscalizar o cumprimento deste percentual, a lei estabelece que qualquer pessoa pode ter acesso às informações sobre a bilheteria, ou seja, o público terá o direito de acessar as informações atualizadas do quantitativo de meias-entradas de cada sessão do evento.

Em todas as bilheterias e portarias de eventos será obrigatória a divulgação do direito à meia-entrada para o público específico, além dos telefones dos órgãos de fiscalização. Além de serem obrigados a deixar visíveis as informações sobre ingressos disponíveis e os avisos quando a cota de meia-entrada estiver esgotada.

Para acessar a Lei no 12.933, de 26 de dezembro de 2013, acesse o link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12933.htm

Referências:
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=25032000L%20129750000

https://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=2634

http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_consumidor/legislacao/leg_servicos_Geral/leg_sg_desconto_estudantes

http://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=2105 

http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/12/27/publicada-lei-que-regulamenta-direito-a-meia-entrada.htm

http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/12/27/sancionada-a-lei-da-meia-entrada

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12933.htm

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ostomizado tem direito a Isenção do IPTU?

O que é o IPTU?
O IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) é um tributo municipal que incide sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado na zona urbana do Município.

O deficiente físico tem direito à isenção do IPTU?
Não existe uma legislação de alcance nacional que garanta isenção do IPTU para pessoas com determinados tipos de patologia ou deficiência física. Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar nº 432/08, objetivando garantir a isenção do IPTU para pessoas com doenças graves. Apesar disso, como se trata de um imposto municipal, alguns Municípios já possuem legislação garantindo a isenção do IPTU para paciente com câncer, pessoas com deficiência ou idosos. Você deverá se informar na Secretaria das Finanças do seu Município sobre a existência desse direito.

Em São Paulo, é concedida a isenção do pagamento de IPTU aos aposentados, pensionistas, Beneficiários da Renda Mensal Vitalícia (extinta em 01/01/1996), Beneficiário do Benefício de Prestação Continuada/LOAS.

O interessado deverá requerer a concessão de isenção do IPTU mediante o “Requerimento de Isenção do IPTU para Aposentados e Pensionistas” (http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/financas/formularios/Requerimento-Aposentado.pdf), que deverá ser entregue na Subprefeitura mais próxima (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/subprefeituras/subprefeitos/index.php?p=21778), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h ou na Praça de Atendimento da Secretaria de Finanças, localizada no Vale do Anhangabaú, 206.

O requerimento deverá ser acompanhado de cópia do demonstrativo de rendimento do órgão pagador, com o valor bruto e tipo do benefício, referente ao mês de janeiro do ano para o qual se está solicitando a isenção. No caso da não apresentação do demonstrativo, o pedido de isenção será arquivado de plano. 
Alternativamente, o requerimento, preenchido e assinado, e o demonstrativo poderão ser remetidos por via postal para:

Secretaria Municipal de Finanças
Praça de Atendimento
Assunto: “Requerimento de Isenção do IPTU para Aposentados e Pensionistas”
Vale do Anhangabaú, 206 - São Paulo (SP) - CEP 01007-040

Requisitos:
• Ser aposentado, pensionista ou beneficiário de renda mensal vitalícia; 
• Cópia do demonstrativo de rendimento do órgão pagador, com o valor bruto e tipo do benefício, referente ao mês de janeiro do ano para o qual se está solicitando a isenção;

• Não possuir outro imóvel no município; 
• Utilizá-lo como residência; 
• Rendimento mensal que não ultrapasse 3 (três) salários mínimos no exercício a que se refere o pedido; 
• O imóvel deve fazer parte do patrimônio do solicitante. 

Documentos necessários:
• Requerimento de Isenção do IPTU para Aposentados e Pensionistas;
• A unidade competente da Secretaria Municipal de Finanças responsável pela análise dos pedidos poderá, a seu critério, solicitar outros documentos ou esclarecimentos que julgar necessários.

Atenção: A concessão da isenção fica condicionada à atualização cadastral da inscrição imobiliária, na forma da legislação em vigor (http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/iptu/index.php?p=2453). Ou seja, o imóvel deverá estar cadastrado em nome do aposentado, pensionista e beneficiário de renda mensal vitalícia. 

Veja alguns municípios em que os deficientes físicos são isentos de pagar o IPTU:
Teresina/PI - Lei Complementar nº 3.606, de 29/12/2006 (art. 41, V) - Isenta do IPTU pessoas acometidas de câncer e AIDS.
Rio de Janeiro/RJ - Lei nº 1.955, de 24/03/1993 (art. 61, XXIII) - Isenta do IPTU pessoas com deficiência, aposentados ou pensionistas com mais de 60 anos.
Estância Velha/RS - Lei nº 1.641/2010 - Isenta do IPTU os portadores de HIV e câncer.
São Miguel das Missões/RS - Lei nº 1.985/2010 - Isenta do IPTU aposentadores, maiores de 60 anos e pessoas com doenças graves.
São Paulo/SP - Lei nº 11.614, de 13/07/1994 - Isenta do IPTU aposentados, pensionistas e beneficiários do LOAS).
Campos do Jordão/SP - Lei nº 3.426, de 19/04/2011 - Isenta do IPTU pessoas com câncer, AIDS e insuficiência renal crônica.

Sorocaba/SP - Lei Orgânica do Município de Sorocaba, de 05/04/1990 (art. 84, 3º) - Isenta do IPTU os portadores de moléstia grave.



domingo, 20 de julho de 2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Uma pessoa ostomizada tem direito a isenção do Imposto de Renda?

Christiane e Cláudia Yamada

As pessoas ostomizadas só são isentas do Imposto de Renda se forem portadoras de uma das doenças prevista na Lei 7.713 de 1988, sendo o câncer uma delas. Para saber quais são essas doenças acesse o link:

Para o contribuinte usufruir da isenção do Imposto de Renda, ele deverá procurar o órgão que paga as suas aposentadorias (INSS, Prefeituras, Estados..), com o requerimento de isenção de Imposto de Renda para portadores de moléstia grave e com o laudo pericial comprovando a moléstia. Para imprimir o modelo do requerimento e do laudo pericial acesse o link:

Para obter o laudo pericial comprovando a moléstia, o contribuinte deverá procurar um serviço médico oficial da União (SUS, INCA...), dos Estados do DF, ou dos Municípios. É importante que no laudo tenha a data em que a enfermidade foi contraída. Caso não tenha, a data da emissão do laudo será considerada como a data em que a doença foi contraída.

O serviço médico deverá indicar se a doença é passível de controle e, em caso afirmativo, o prazo de validade do laudo.

O ideal é que o laudo seja emitido pelo serviço médico oficial da própria fonte pagadora, para que o imposto deixe de ser retido na fonte. Se isso não for possível, o laudo deverá ser apresentado na fonte pagadora (INSS, Prefeituras, Estados...), para que esta verifique o cumprimento de todas as condições para o gozo da isenção e deixe de reter o imposto de renda na fonte.

A isenção do Imposto de Renda Pessoa Física não isenta o contribuinte de seus deveres de apresentar a Declaração IRPF.

A lista das doenças que justificam a isenção de Imposto de Renda pode mudar se for aprovado o “Projeto Lei no 5409 de 2005”, de autoria do Deputado Eduardo Barbosa.

Com esse Projeto Lei, pretende-se modificar o inciso IV do Artigo 6° da Lei 7.713 de 1988, incluindo na lista de doenças que justificam a isenção de Imposto de Renda, a distrofia lateral amiotrófica, a polipose familiar, a retocolite ulcerativa inespecífica e a doença de Crohn; além de incluir, como beneficiárias da Lei, as pessoas que recebem remuneração por atividade profissional e são portadoras dessas patologias.

Com a aprovação desse Projeto, as pessoas que continuam trabalhando e recebem remuneração por atividade profissional, que forem portadores desses males, também, serão beneficiadas com a aprovação dessa Lei.

Referências:







terça-feira, 8 de abril de 2014

Depoimento de Selma Torquete

Sou Selma Torquete tenho 52 anos e sou portadora de uma ileostomia há 09 anos, devido a uma doença inflamatória chamada "Retocolite Ulcerativa".
Não tenho dúvida de que Deus agiu na minha vida desde o início do meu tratamento, colocando na minha vida médicos dedicados. Primeiro foi o Dr. Galdino Formiga (proctologista do Hospital Heliopolis - SP) em 1985, que descobriu meu diagnóstico e iniciou meu tratamento. Nesta época eu fiz uma cirurgia, onde foi tirado uma parte do meu intestino grosso.
Anos mais tarde conheci o Dr. Idblan C. Albuquerque, também proctologista do Hospital Heliopolis - SP, que deu continuidade ao meu tratamento. E no final de 2004, depois de alguns exames e biopsia, o Dr. Idblan me disse que seria necessário fazer uma cirurgia e que eu correria o risco de usar uma bolsa coletora.
O meu mundo caiu!!! Eu não aceitei, sofri muito. Então o Dr. Idblan, como sempre atencioso, apresentou-me a Associação Dos Ostomizados do Município de São Paulo. Eu fui acolhida com muito carinho pelo grupo, principalmente pela Presidente que na época era a Sra. Ângela. Ela deu todo o apoio e orientação a mim e minha família.
Em fevereiro de 2005 fui para cirurgia confiante, pois sabia que estava em boas mãos e voltei da cirurgia com uma ileostomia provisória. E apesar das dores, fiquei feliz, pois acreditava que aquela situação seria temporária.
A recuperação foi lenta e sofrida. E depois de 04 meses fiz a reversão, achei que estava tudo bem, que o pior já tinha passado, mas me enganei, o sofrimento estava apenas começando. Eu tive muitas cólicas, o intestino não funcionava, vivia internada com fortes dores, sofri muito.
Até que um dia fui carregada pelo meu pai e minha irmã para o "PS" do Hospital Heliopolis, com muita dor e sem reação, achei que tinha chegado minha hora. Fui examinada pelo Dr. Idblan e ele disse que iria me internar para uma nova cirurgia, e que eu poderia voltar dela com uma ou duas bolsas coletora, somente na hora da cirurgia que ele saberia ao certo.
Em agosto 2005, eu fui novamente para a cirurgia, agora com muito medo, pois estava fraquinha pesando 39 quilos. Eu achei que não resistiria, minha família e amigos entraram em oração, pois só DEUS poderia me salvar. A cirurgia desta vez foi mais complicada, meu reto e intestino grosso foram amputados, voltei então da cirurgia com uma ileostomia definitiva. Eu fiquei arrasada, deprimida, sem vontade de viver.
Minha família e amigos sempre acreditando, não descuidavam de mim. Eu fui cercada de carinho e amor por todos, e aos poucos passei a acreditar que minha vida poderia mudar.
Com muita fé e com o apoio da minha família, amigos e também do Dr. Idblan que cuidou de mim e ainda cuida, superei tudo!
Hoje estou aqui contando minha história, e reconhecendo que hoje sou muito mais feliz, porque hoje eu valorizo minha vida, sei quanto ela é preciosa, por isso vivo a vida a cada momento, deixo a tristeza para trás, passeio com minhas amigas "Crohnistas da Alegria", com minha família, vou á praia, piscina, danço, me divirto um bocado, não faço dieta e como de tudo, é claro que às vezes dá um revertério, mas o importante é "ser Feliz".
Agradeço a Deus pela minha cura e por colocar em minha vida anjos como DR. IDBLAN C. ALBUQUERQUE e minha família e amigos, pois eles foram essenciais na minha recuperação.

Obrigada a todos!
Selma Torquete

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Projeto de lei da Câmara (PLC) 103/2013


O projeto de lei da Câmara (PLC) 103/2013, aprovado nessa quarta-feira (20) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), torna obrigatória a afixação do símbolo nacional de pessoa ostomizada, de forma visível, em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por essas pessoas, principalmente banheiros públicos e privados.
O objetivo da proposta é tornar visível a luta dos quase 200 mil ostomizados do País. Além disso, a adoção do símbolo é uma forma de fazer valer o direito das pessoas. “O símbolo torna visível a luta contra qualquer tipo de discriminação e reafirma diante da sociedade e das autoridades a existência de pessoas submetidas a essa condição”, justificou o autor do projeto, deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).
O senador Paulo Paim (PT-RS), ao ler o relatório, chamou atenção para a discriminação que ainda existe em relação às pessoas ostomizadas, pois, diferentemente das pessoas com deficiência, as condições peculiares das pessoas ostomizadas são pouco conhecidas. Essas pessoas, certamente requerem adaptações diferenciadas nos vários ambientes que freqüentam, que são fundamentais para conseguirem realizar, com tranqüilidade suas atividades mais cotidianas. “Muitas pessoas ostomizadas hesitam em sair de suas casas e ter uma vida social ativa. Isso decorre da preocupação com o esvaziamento de sua bolsa coletora fora da residência. Para um ostomizado, pode ser estressante utilizar banheiros públicos”, afirmou.
Para quem ainda não sabe, a ostomia é uma cirurgia no abdômen que permite criar uma comunicação entre um órgão interno e o exterior do corpo para eliminação de dejetos do organismo. Dessa forma, o ostomizado utiliza uma bolsa coletora para recolher o conteúdo a ser eliminado.

(Agência Senado)

 A Presidente da Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso), Cândida Carvallheira, comemorou muito ao tomar conhecimento da aprovação do projeto na CDH. Segundo ela, esta é mais uma conquista dessa parcela da população, que luta por reconhecimento desde 1985.
Cândida Carvalheira acredita que “A princípio, a pessoa que vir o símbolo não vai entender, mas a medida que for despertando curiosidade vão descobrir que representa os ostomizados e quem eles são. Com o tempo, estabeleceremos outra cultura na sociedade, diminuindo o preconceito”.
Segundo a presidente da Abraso este símbolo dos ostomizados é uma criação do Japão e foi cedida ao Brasil.
Segundo ela, essa conquista se soma a outras, como o reconhecimento dessas pessoas como deficientes, a instituição do Dia Nacional do Ostomizado (16 de novembro), a disponibilização de bolsas coletoras de ostomia pelo Sistema Único de Saúde e, posteriormente, pelos planos de saúde.
O projeto será agora analisado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Se aprovado, seguirá para a sanção presidencial.


Catharine Rocha



http://www.senadorpaim.com.br/verImprensa.php?id=4626-proposta-quer-tornar-visivel-a-luta-dos-ostomizados

terça-feira, 25 de março de 2014

Dia Municipal do Ostomizado de São Paulo

Hoje, dia 25 de março, é comemorado o Dia Municipal do Ostomizado de São Paulo!

Nós do blog “Ostomia sem fronteiras” parabenizamos todos os ostomizados do município de São Paulo.

Parabéns guerreiros!!!
Parabéns a todos que passaram pela cirurgia da vida!!!!
Parabéns a todos que ainda estão na luta para se adaptar a ostomia!!!
Parabéns a todos que um dia já foram ostomizados e conhecem o dia a dia de uma pessoa ostomizada!!!!!!

Parabéns a todos os ostomizados do município de São Paulo!!!!!



quarta-feira, 5 de março de 2014

Depoimento de Cláudia Yamada

Nos últimos meses várias pessoas entraram em contato conosco para conversar a respeito da cirurgia de reversão ou reconstrução do trânsito intestinal.
Quando a reversão é possível existe um grande conflito entre a alegria de fazer a reconstrução do trânsito intestinal e o medo de enfrentar outra cirurgia e de ficar com incontinência fecal.
A reconstrução intestinal, como qualquer outra cirurgia, tem riscos e é importante que você saiba que pode sim ter complicações. Você precisa conversar com seu médico sobre a adaptação à reversão, pois ela pode ser demorada e difícil, devido ao grande número de evacuações líquidas que podem causar assaduras e desconforto, e nem sempre a pessoa que faz se adapta.
Conhecemos pessoas que fizeram a reversão e hoje estão ótimas, porém também conhecemos outras que ficaram com incontinência fecal e que por isso resolveram fazer novamente a ostomia.
Nem sempre é possível fazer a reversão. Dependerá muito da causa da ostomia, da região do intestino que foi preservada, e do resultado de uma série de exames solicitado pelo médico...portanto em primeiro lugar será o nosso médico proctologista que decidirá se é possível reverter ou não e também qual o melhor momento para fazer a cirurgia.
Hoje venho compartilhar com vocês a história da minha cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e como foi a minha adaptação. É lógico que a adaptação vai depender do organismo de cada um, da doença/causa de base, do tratamento e também da alimentação.
Eu fiquei ileostomizada em julho de 2009 e fiz a reconstrução do trânsito intestinal em janeiro de 2011. O motivo da minha ileostomia foi a Polipose Adenomastose Familiar. A cirurgia foi muito tranquila. Como na primeira cirurgia (ileostomia) o médico cirurgião confeccionou a bolsa ileal em J para armazenamento das fezes, nessa não foi necessário “abrir” a barriga, ele apenas “puxou” as duas bocas (bolsa ileal em J e intestino delgado) pelo orifício onde ficava o estoma, as costurou, e colocou de novo para dentro. Muitas vezes quando a cirurgia é feita de emergência, o médico não confecciona a bolsa em “J” e provavelmente a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal é feita em duas etapas, na primeira o médico confecciona a bolsa e na segunda ele faz a reconstrução do trânsito.
Depois da cirurgia não foi necessário ficar na UTI, fiquei apenas em observação na sala de recuperação e fui direto para o quarto. No dia seguinte já estava me alimentando com refeições leves.
Em 3 dias tive alta hospitalar. Saí do hospital com dieta geral.
Os 3 primeiros meses pós reversão foram os mais difíceis, pois as evacuações eram muito frequentes e as fezes mais líquidas, o que me causava muita assadura.
No começo evacuava de hora em hora, inclusive de madrugada. Foram 3 meses sem dormir direito. Com o passar do tempo o meu organismo foi se adaptando e as fezes ficaram mais pastosas e menos frequentes.
Hoje, três anos após a cirurgia, evacuo de 4 a 8 vezes por dia, mas isso depende muito do que eu como e da quantidade.
A minha alimentação teve pequenas alterações, apenas substituí o leite normal pelo 90% menos lactose ou de soja, evito comer fritura, doces muito concentrados e com muita gordura e alimentos muito gordurosos, porém continuo comendo grãos, verduras, legumes, frutas e bebo bastante líquido, pelo menos 2 litros por dia.
Não tomo nenhum remédio para “prender” o intestino, porém conheço pessoas que tomam todos os dias.
Como disse antes, a adaptação da cirurgia depende muito de organismo para organismo, da doença/causa da ostomia e do tratamento realizado. No meu caso, foi a Polipose Adenomatose Familiar, então retirei todo o intestino grosso e uma parte do reto, como é o intestino grosso que faz a absorção da água, as minhas fezes não são totalmente pastosas e por isso evacuo mais que uma pessoa que tem todo o intestino. Acredito que pessoas que preservaram parte do intestino grosso e o reto inteiro evacuam menos vezes e as fezes são mais pastosas. 
Conheço pessoas com Doença de Crohn, retocolite e mesmo polipose, que não se adaptaram à reversão, tiveram muita diarréia e por isso, resolveram ficar ostomizada novamente. Porém, isso não quer dizer que se você tem uma dessas doenças você não irá se adaptar! Por isso, antes de fazer a reversão é muito bom você conversar com o seu médico para que ele explique como será a sua cirurgia e a sua adaptação e também é muito importante você conversar com outras pessoas que tiveram o mesmo problema que você para saber como foi a sua recuperação. Pois o organismo de uma pessoa que foi ostomizada por doença de Crohn, pode reagir de maneira diferente do organismo de uma pessoa que sofreu acidente, ou que fez radioterapia...
Uma dica que eu dou para quem for fazer a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal é levar rolos de papel higiênico macio para o hospital, pois na maioria dos hospitais o papel higiênico é muito grosso e acaba machucando e também levar lencinhos umedecidos de limpar bumbum de bebê, que ajuda bastante a evitar as assaduras, quando não for possível lavar com água e sabonete.
Sei que a decisão é muito difícil, mas espero que com a minha história eu ajude você a tomar a sua decisão!!! E que ela seja a melhor, independente de fazer ou não a reversão, pois às vezes a cirurgia pode não ter o resultado que esperamos ou pode ter um resultado muito melhor do que o esperado.

Boa sorte a todos que pretendem fazer a reversão!!!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Algumas dicas que podem ajudar durante a fase de adaptação após reversão da ostomia

Christiane e Cláudia Yamada

Quando uma pessoa fica ostomizada e se não for definitivo, um dos maiores desejos é realizar a reversão. A pessoa não vê a hora de tirar a bolsa e voltar a usar o banheiro normalmente. Porém, alguns ostomizados que podem fazer a reconstrução do trânsito intestinal têm muito receio de realizá-la por causa da fase de adaptação (diarreias, assaduras...), mas isto vai depender muito da reação de cada organismo e também da alimentação. Existem pessoas que fazem a reversão e se adaptam rapidamente, existem aquelas que demoram um tempo para se adaptar e existem aquelas que fazem a reversão e depois precisam voltar a usar a bolsa, pois o organismo não se adaptou.

Aqui no nosso blog nós já publicamos uma postagem sobre a reversão de ostomia, falando sobre: adaptação, complicações, riscos, alimentação, aval do médico... Para ler este artigo acesse o link:

Hoje falaremos especificamente sobre algumas dificuldades que uma pessoa pode ter durante a fase de adaptação e algumas dicas que podem ajudar a diminuir ou evitar essas complicações.

As principais dificuldades que podem ocorrer após a reconstrução do trânsito intestinal, são:
- incontinência (diarreia);
- necessidade de uso de fraldas;
- flatulência;
- assaduras.

Algumas dicas que podem ajudar a diminuir essas complicações são:
- tomar cuidado com a alimentação, evitando alimentos flatulentos e que podem soltar o intestino (fruta com casca e bagaço, verduras cruas, doces, frituras; leite integral...), pelo menos no início. Depois que o seu organismo se adaptar inclua novamente estes alimentos à sua dieta, porém em pequena quantidade e um de cada vez, para saber como seu organismo irá reagir;
- sempre que possível, se lavar com água e sabonete todas as vezes que evacuar, pois as fezes líquidas e frequentes podem causar assadura e se o papel higiênico não for macio poderá machucar;
- quando não for possível se lavar, limpe bem com papel higiênico macio e use um lenço umedecido;
- carregue sempre um pouco de papel higiênico com você, pois geralmente nos lugares públicos os papéis higiênicos são mais ásperos;
- se for criança, é muito importante não deixá-la com a fralda suja, e toda vez que for trocá-la, lavar o bumbum com sabonete e água morna, secar bem e depois passar pomada para evitar as assaduras;


É muito importante ressaltar que somente o médico proctologista poderá avaliar se é possível realizar ou não a reconstrução do trânsito intestinal depois de analisar os exames pré-operatórios.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Depoimento de Gizela Lucy

Acompanhem o emocionante depoimento de Gizela Lucy.

Da “lagartinha” à “borboleta”.

Há mais ou menos 5 anos fui diagnosticada com endometriose profunda, uma doença que atinge mulheres e que causa dores intensas durante o período menstrual, além de ser causa de infertilidade. Mas a saga começou bem antes, em 1997, em razão de um cisto no ovário fiz minha primeira cirurgia, onde retirei meu ovário direito. Já em 2009, foi diagnosticado um outro cisto no ovário esquerdo, o que me levou a outra cirurgia, retirando parte do meu único ovário. Durante a cirurgia, o médico observou alguns focos de endometriose, dizendo depois que havia tratado. 
A partir daí, as dores só foram aumentando e a vontade de ser mãe também. Em 2012 encontrei um médico abençoado, Dr Frederico José, especialista em endometriose e fertilização, que através de muitos exames viu que a doença estava em alto grau e que não havia sido tratada. Por este motivo, no dia 20 de outubro de 2012 me submeti a nova cirurgia, levando quase 7 horas, ocasião em que se constatou várias aderências entre os órgãos por conta da endometriose, especialmente no intestino, bexiga, apêndice, ovário e no reto. Ao acordar da anestesia, pronto, lá estava eu com a bolsinha de ileostomia, o que eu já tinha ouvido falar, mas no fundo não sabia o que era.
Daquele momento em diante, tive uma recuperação lenta e dolorosa. Emagreci bastante com a internação, mas fui me recuperando. Quanto à gravidez, meu médico foi realista e disse que com a extensão da doença seria muito difícil engravidar, então, orientou que logo após a reversão, já tentássemos a fertilização in vitro.
A reversão foi marcada pra três meses depois e quando fui fazer os exames pré-operatórios, descobri que estava grávida. Os médicos não acreditaram, ficaram surpresos com a notícia, mas sim, eu já estava com 6 semanas. Foi maravilhoso em um primeiro momento, depois a convivência com a bolsinha me levou a ficar triste e deprimida, além de culpada, pois eu deveria estar plenamente feliz.


Fui ao meu proctologista, o segundo médico anjo, Dr. Rômulo, e ele deu todas as possibilidades do que poderia acontecer durante a gestação, desde dores abdominais, pois haveria mais compressão do intestino com o crescimento da barriga, até um possível parto prematuro, mas nada disso aconteceu, somente alguns desconfortos intestinais e um ligeiro aumento do estoma. Fora isso, o psicológico foi um fator que eu tive que trabalhar com a minha fé, sendo grata e curtindo cada minuto da gestação. 
Não posso esquecer de citar o fato que foi crucial em decidir pela tristeza ou pela felicidade, meu marido. Ele é meu alicerce, meu chão. Ele usa a parte do adesivo que corto da placa da bolsa e cola no mesmo lugar e diz que é a bolsinha dele. A partir deste gesto, tudo ficou menos pesado pra mim. E para descontrair, apelidamos o estoma de “lagartinha”, rsssss.


Com o turbilhão de emoções de uma gravidez, somado ao fato de ter de lidar com a “lagartinha”, tive de procurar ajuda psicológica, algo que me despertou ainda mais os sentidos para o prazer de estar grávida e curtir aquele sonho. Também fiz yoga, tirei fotos, exigi prioridade nas filas, aproveitei mesmo rsssss. E no dia 02 de setembro de 2013 nasceu minha luz, Maria Luíza. Minha vida é plena hoje por tê-la em nossas vidas, passaria por tudo novamente. Malu é a certeza do milagre, do plano de Deus em nossas vidas e que na dor, Deus nos carrega no colo, como filhos amados que somos.


Em março deste ano, farei a minha reversão da ileostomia. Malu já estará com seis meses. Sei que ficarei longe dela alguns dias, mas será para confirmar nossa vitória.  
Aquelas que sonham com a maternidade, eu digo: com Deus, podemos tudo! Ser grávida e ostomizada não é fácil, é uma luta diária, mas tudo vale a pena, pois foi através da “lagartinha” que Deus me deu a “borboletinha”, minha pequena Malu. Por isso, acreditem, busquem uma segunda opinião e creiam no impossível, sejam ousadas na fé, é isso que Deus espera de nós. Mil beijos, para meus eternos amigos e amigas de caminhada.
Gizela Lucy.