A doença de Crohn é a inflamação de qualquer região do intestino, principalmente íleo e cólon, com lesões mais profundas na mucosa intestinal. Pode apresentar fístula, fissuras que resultam da penetração progressiva do processo inflamatório através das camadas da parede intestinal, e perfurar a mucosa e os órgãos vizinhos.
Os principais sintomas da doença de Crohn são:
- diarreia e dor abdominal, geralmente à volta do umbigo na região mais baixa à direita (muitas vezes confundida com a apendicite),
- náuseas e vômitos,
- febre moderada,
- sensação de distensão abdominal piorada com as refeições,
- perda de apetite e peso (podem provocar atraso de desenvolvimento e problemas de crescimento em adolescentes),
- mal-estar geral e cansaço.
- nas fezes pode haver eliminação de sangue, muco ou pus,
- em alguns casos pode haver aftas, artralgias, eritema nodoso, inflamação nos olhos (conjuntivite secundária), problemas nos vasos sanguíneos (tromboses ou embolias) e deficiência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.
- As complicações são possíveis com a repetição das crises: artralgias ou artrite, em alguns casos, abcessos e fístulas (comunicações anormais que facilitam infecções), obstruções intestinais (devido à inflamação ou aderências de partes inflamadas dos intestinos e à fibrosação durante as cicatrizações), cálculos vesiculares (devido à má reabsorção intestinal dos sais biliares). São ainda comuns as fissuras e abscessos anais.
O diagnostico pode ser feito por:
- tomografia contrastada (endovenoso e oral juntos), nesse exame pode ser detectado inflamações, espessamento, estenoses e massas tumorais.
- transito intestinal, com esse exame consegue-se descobrir se existe um bloqueio no intestino.
- a colonoscopia é a melhor forma de confirmação, mas muitas vezes a colonoscopia pode aparentemente estar normal, mas na biopsia o paciente pode se surpreender com ileite, colite e retite, mostrando que todo o intestino esta inflamado.
- Tomografia computadorizada é também útil, assim como as biópsias.
O tratamento depende da localização, severidade da doença, complicações e resposta aos tratamentos anteriores. O tratamento pode incluir:
- medicação: os fármacos mais usados são imunodepressores como aminosalicilatos, corticosteróides. O controle dos sintomas com a medicação adequada pode prolongar o período de inatividade ou mesmo anular os períodos de atividade. Há casos em que o paciente passou a não tomar mais remédios, apenas controlando sua doença com a dieta, depois de tratado com os medicamentos corretos.
- complementos nutricionais: o regime alimentar deve ser individualizado. Através de Dietoterapia, pretende-se manter ou aumentar o peso.
- cirurgia
- a combinação dos três tratamentos.
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