E-mail: ostomiasemfronteiras@yahoo.com.br

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Christiane e Cláudia Yamada
O Natal é um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar nossos valores, de ponderar sobre a nossa vida e tudo que a cerca. É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.

Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.

Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.

Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!

Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Fonte:
http://www.belasmensagens.com.br/natal/mensagem-de-natal-e-ano-novo-626.html




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Dia 16 de novembro - Dia Nacional dos Ostomizados

Christiane e Cláudia Yamada

Parabéns a todas as pessoas ostomizadas, que apesar de todas as dificuldades que enfrentam durante o dia a dia nunca desistiram de viver e de sonhar por uma vida melhor, onde todos possam ter acesso a materiais de ostomia adequados ao seu estoma.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Eu conto ou não que sou ostomizado(a)?

Christiane e Cláudia Yamada

Quando uma pessoa fica ostomizada, surgem várias dúvidas e uma delas é se ela conta ou não que é ostomizada. Normalmente essa dúvida acontece por que ela tem medo de ser rejeitada, discriminada ou porque sente vergonha.

Existem alguns ostomizados que aceitam a sua condição (bolsa de ostomia) e contam para seus familiares, amigos e conhecidos sobre a sua ostomia. Eles não se importam com o que os outros irão falar, pensar, se irão reparar ou não na sua bolsa...

Outros aceitam a sua condição de ostomizado, porém preferem não expor a sua vida pessoal a todos e contam apenas para as pessoas mais próximas.

E também existem algumas pessoas que não aceitam a ostomia, se fecham em seu mundo e não tem mais uma vida social. Elas não querem que ninguém fique sabendo da sua condição de ostomizado, e por isso se afastam dos seus amigos, familiares e deixam de sair de casa.

Enfim, cada pessoa reage de uma maneira diferente em relação à ostomia e nós devemos respeitar o seu modo de pensar e agir. A decisão de contar ou não sobre a ostomia só cabe a ela. Ninguém é obrigado a contar porque o amigo/familiar acredita que seja melhor ou porque tem um amigo que também é ostomizado e contou para todo mundo.

Eu acredito que poderemos levar uma vida mais tranquila se as pessoas souberem que somos ostomizados, pois não precisaremos nos preocupar com os barulhos dos gases, volume das bolsas, demora e várias idas aos banheiros... Porém, nem todo mundo pensa da mesma maneira e eu devo respeitar a opinião de cada um!

Portanto, se você deve contar ou não que é ostomizado(a), é uma decisão sua! Não é porque seu pai, sua mãe, seu irmão ou seu amigo quer que você conte que você precisa contar! Independente se você se sente confortável em contar que é ostomizado ou ainda não se sente pronto para contar, nós daremos o nosso apoio! A aceitação leva um tempo, não é porque você não quer contar que você é mais fraco ou menos forte que quem contou! Tudo tem seu tempo! Tudo tem a hora certa e nós devemos respeitar o momento de cada um!

Nós só podemos interferir na vida de uma pessoa ostomizada se for para ajudá-la e para vê-la melhor!


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Saúde: Outubro Rosa - Tv Gazeta

Christiane e Cláudia Yamada

Nossa participação no evento Outubro Rosa realizado no Hospital Bandeirantes, com a cobertura do Programa Mulheres da TV Gazeta!




domingo, 11 de outubro de 2015

Outubro Rosa no Hospital Bandeirantres

Christiane e Cláudia

No dia 09/10/2015 nós participamos da oficina de Beleza: “De bem com você” a beleza contra o câncer, no Hospital Bandeirantes!
O "De Bem com Você" a beleza contra o câncer, é um projeto social coordenado pela ABIHPEC, em associação ao projeto social Look Good Feel Better®.
A oficina foi um sucesso!!! Aprendemos como nos maquiar, como usar lenços e o mais importante nos divertimos muitooooooo!!!! Foi uma tarde muito proveitosa!!!
As maquiadoras são uns amores, todas muito atenciosas! A Flávia Flores um encanto de pessoa!!!
A equipe do Programa Mulheres da Tv Gazeta cobriu o evento e provavelmente será transmitido na semana que vem, ainda não sabemos a data certa!!!
Parabéns Hospital Bandeirantes!
Parabéns à equipe: “De bem com você” a beleza contra o câncer!
Parabéns Flávia Flores!
E parabéns principalmente a todas participantes!!!














sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dia Mundial do Ostomizado!!!

Christiane e Cláudia

Amanhã, dia 03 de outubro de 2015, será comemorado o Dia Mundial dos Ostomizados!!! Dia mundial de pessoas guerreiras!!!

Sem dúvida nenhuma, a vida dos ostomizados não é fácil, temos que conviver com falta de material, falta de informação, preconceito, medo, acidentes com a bolsa...etc, mas não vamos abaixar a cabeça, queremos viver e não apenas existir!!!

A ostomia não nos limita a existir, portanto vamos viver, vamos celebrar a vida!!!

Esta é uma definição de Estoma que encontramos no site “Liga de Ostomizados de Portugal”, e que todos devemos tentar transformar em uma verdade....

Estar com os outros. Partilhar os medos, alegrias e angustias, alargar a rede de suporte social e conviver, deve ser uma prioridade.
Sorrir. Não custa nada, não causa dor e é contagiante. Afinal conseguiu sobreviver à operação e embora não se possa mudar o passado pode fazer do futuro, aquilo que quer que ele seja.
Trocar ideias com o companheiro. A comunicação é fundamental na relação conjugal. Não só permite uma melhor adaptação à doença como estabelecer parâmetros de conduta satisfatórios para ambos.
Ousar ser igual na diferença. Afinal a Ostomia só se aplica a uma função do seu corpo. Todo o resto mantém-se inalterado.
Mudar a visão pessimista da vida. A Ostomia permitiu-lhe ultrapassar um problema que doutra forma o impedia de viver na plenitude. É um símbolo de potencialidade e de regozijo.
Aceitar a nova forma de ser. Desenvolver autoconfiança e encontrar um significado na vida são também os objetivos de qualquer ser humano!


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dicas que podem ajudar a evitar “acidentes” com a bolsa de ostomia

Christiane e Cláudia Yamada

É muito comum as pessoas ostomizadas passarem por algum constrangimento por causa de “acidentes” com a bolsa de ostomia.
Vamos dar algumas dicas para vocês, que podem ajudar a evitar que isso aconteça!
- Evite deixar a sua bolsa muito cheia, pois isso dificulta a sua higiene e a bolsa pode escapar das suas mãos na hora de esvaziá-la.
- Faça a higiene da sua bolsa com calma, não tenha pressa, a pressa pode ser sua inimiga.
- Ao esvaziar a bolsa de ostomia verifique se fechou corretamente o velcro ou o clamp, para não correr o risco de “vazar” fezes quando seu intestino funcionar.
- Tome cuidado para não derrubar o clamp (clips) no vaso sanitário e carregue sempre um extra para usar caso isto acontece. 
- Quando usar uma bolsa de modelo diferente da que você está acostumada, verifique antes com a enfermeira estomaterapeuta qual a maneira correta de fechá-la e de encaixá-la na placa (se for de 2 peças). O clamp de alguns modelos de bolsa precisam ser colados (fita adesiva) na bolsa, se não fizer isto, quando o seu intestino funcionar e a bolsa encher, o clamp irá escorregar e sua bolsa irá abrir.
- Carregue sempre um kit com placa, bolsa, pasta, tesoura..., pois pode ser necessário trocar a bolsa e/ou placa de ostomia fora de casa.
- Higienize a sua bolsa antes de sair de casa e verifique se não há necessidade de trocá-la.
- Higienize a sua bolsa antes de dormir.
- Troque a bolsa/placa sempre que sentir que as fezes ou urina estão infiltrando, isso evitará assadura na pele e que a placa descole com o tempo.
- Se você utilizar bolsa de duas peças, verifique se encaixou corretamente a bolsa na placa toda vez que trocar a placa ou retirar a bolsa para lavar.
- Quando for dormir fora de casa carregue uma capa ou protetor de colchão, caso se sinta mais seguro. 
      Esperamos que essas dicas possam ajudar vocês!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Homenagem aos Ostoamigos

Assistam ao vídeo: "Homenagem aos Ostoamigos"
Linda homenagem feita para as pessoas ostomizadas, que além de guerreiras são vitoriosas!!!!!


terça-feira, 25 de agosto de 2015

O ostomizado e o preconceito

Christiane e Cláudia Yamada

“Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, culturas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos"”.

Muitas pessoas, depois que fazem a cirurgia de ostomia, sofrem preconceito da própria família, dos amigos, de desconhecidos e até dele próprio. E isto acontece pelo fato da ostomia não ser divulgada na mídia, o que faz com que a sociedade não tenha um conhecimento sobre o que é ostomia. Sendo assim, a população dispõe de poucas informações para entender que quando uma pessoa fica ostomizada, ela pode ter uma vida normal, igual a qualquer outra pessoa.

Muitas vezes, o portador de uma ostomia sofre com o preconceito, pelo fato de, em algumas ocasiões, precisarem de alguns cuidados especiais, principalmente após a cirurgia. Porém, nada impede que ele volte a sua rotina e tenha uma vida normal de afazeres após a sua recuperação, apenas tomando alguns cuidados, como por exemplo, cuidado ao pegar peso, cuidado para não bater o estoma, cuidados para evitar a formação de hérnias...

O preconceito contra quem precisa deste artifício para sobreviver, muitas vezes, faz com que ele tenha uma drástica mudança em suas relações sociais, no lazer, no trabalho e no cotidiano familiar, pois ao perceber a discriminação, ele se afasta antecipadamente desse constrangimento, para evitar sentimento de pena e reações de aversão.  E esse isolamento social pode gerar reações emocionais como ansiedade, vergonha, depressão e medo de rejeição. Por isso muitos ostomizados preferem manter secreta a sua ostomia, para evitar o preconceito.

Será que existe algum motivo para uma pessoa sofrer algum tipo de preconceito? Não! Independente de raça, sexo, condição financeira, estatura, peso, deficiente visual, auditivo ou físico...E uma pessoa ostomizada? Também não! A única diferença entre uma pessoa ostomizada e uma pessoa não ostomizada é o local por onde são eliminadas as fezes e/ou a urina, que é em uma bolsa de ostomia acoplada ao abdômen. Fora isso, somos todos iguais!!!!

As pessoas não precisam ter medo de tocar em uma pessoa ostomizada, pois a ostomia é uma cirurgia e não uma doença, portanto você não “pega” ostomia. Hoje em dia, os materiais de ostomia são de ótimas qualidades e se o ostomizado fizer uma higiene adequada da sua bolsa, ela não exala odor e os gases também não exalam cheiro, portanto ninguém precisa ter “nojo” de uma pessoa ostomizada.

Ou seja, não há motivos para se ter preconceitos com uma pessoa ostomizada! Precisamos ajudar a pessoa ostomizada, principalmente a recém-ostomizada para que ela leve uma vida normal e volte para o convívio social, sem se isolar e sem ter medo de sofrer preconceito. Convidamos vocês a nos ajudar a acabar com este e os outros tipos de preconceito!

Referência Bibliográfica:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito (pesquisado em 04/08/2015)








segunda-feira, 27 de julho de 2015

O que seria de mim sem a minha ostomia?

Christiane e Cláudia Yamada

Você entrou na minha vida de repente e a modificou totalmente, virou o meu mundo de cabeça para baixo, e sem ao menos pedir autorização, resolveu permanecer eternamente, até o último dia da minha vida.

Eu não vou negar que já te odiei, já chorei por sua causa e já reclamei muito de você. Antes da sua presença, a minha vida era tão mais fácil, eu podia vestir a roupa que quisesse, sem me preocupar se você iria aparecer ou não. Eu comia o que eu tinha vontade, sem ficar com medo de você obstruir, dar diarreia, gases ou chorar de tanta cólica. Eu não passava vergonha com os barulhos que você faz nos horários e lugares mais impróprios, e nem me preocupava com os estados dos banheiros públicos. Eu não precisava me preocupar com o que comer antes de trocar a sua “roupa” (placa e bolsa de ostomia). Eu não sentia o ardor (queimação) em volta de você e a minha pele estava sempre em perfeito estado.

Porém já faz tantos anos que você faz parte do meu corpo, que eu já aprendi a conviver com você. É lógico que se eu pudesse escolher em ser ou não ostomizada, eu escolheria não ser, mas hoje eu te vejo de outro modo. Hoje eu agradeço a sua existência, pois é graças a você que eu estou viva, é graças a você que eu tive a oportunidade de continuar ao lado de pessoas maravilhosas (família e amigos), é graças a você que eu posso passear e viajar... Se você não existisse, hoje eu não estaria aqui para te agradecer e agradecer pela minha vida.

Ainda reclamo muito de você na hora de trocar a sua “roupa” e com certeza ainda reclamarei muitas vezes, pois graças a você eu ainda viverei por muitos anos. E o que seria de mim sem você? Hoje pensando é fácil responder, simplesmente eu seria um nada, pois provavelmente não estaria mais aqui, e se ainda estivesse viva, não teria a qualidade de vida que tenho atualmente.

Com você eu aprendi muitas coisas, aprendi a não reclamar tanto da vida por problemas pequenos, aprendi a agradecer mais, aprendi a ajudar os outros e apesar de tantas dificuldades, aprendi a ser mais feliz.


É minha ostomia, você mudou a minha vida, não é fácil viver com você não, mas é melhor tê-la em minha vida e estar viva, do que não tê-la e não viver. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Continue vivendo, mesmo com a ostomia

Christiane e Cláudia Yamada

Não é fácil ser ostomizado, porém nós precisamos nos adaptar às novas condições de vida, principalmente se a ostomia for definitiva. Apesar dos nossos medos (acidente com a bolsa, sofrer preconceito, vergonha dos barulhos dos gases...), nós não podemos ficar trancados em casa, sem passear, conhecer pessoas novas, nos divertir..., nós precisamos tentar voltar a nossa vida normal, tanto em relação a nossa vida social, como a profissional.

Dependendo do tipo de trabalho que você realiza, você poderá voltar a exercer o mesmo cargo, porém em alguns casos (se for trabalho que é necessário fazer muita força ou carregar muito peso ou que seja em lugar muito quente...) isso não será possível, nesse caso você poderá ser remanejado de cargo.

Caso você se aposente ou esteja de licença, é importante que você procure alguma atividade para fazer, pois quando a pessoa fica em casa “à toa”, é comum entrar em depressão. Procure fazer cursos (artesanatos, línguas, informática...), pois além de aprender coisas novas e se distrair, você irá conhecer outras pessoas, ou se o seu médico autorizar, faça atividades físicas, você pode também marcar encontros com os amigos (cinema, shows, teatros, passeio em parques, almoçar ou jantar em restaurantes em que tenha comidas que você possa comer...).


Não deixe que a ostomia faça com que você se esconda do mundo, ela é muito importante para a sua vida, pois você está vivo graças a ela, porém você também é muito importante para a sua família e seus amigos, por isso, mesmo que você esteja abalado com a cirurgia, continue lutando e tente ser feliz, não perca a sua fé.

terça-feira, 19 de maio de 2015

"Mulher com ostomia você é capaz de manter o encanto" - sétima edição

A sétima edição da cartilha “Mulher ostomizada você é capaz de manter o encanto” de autoria de Damaris Morais e em parceria com a Associação Brasileira de Ostomizados, foi desenvolvida para ensinar o básico e os primeiros passos que uma pessoa recém ostomizada deve aprender, por exemplo, como trocar e esvaziar a bolsa de ostomia.

A cartilha também visa valorizar a mulher ostomizada e fortalecer a sua autoestima, mostrando que apesar da existência de obstáculos, ela pode se sentir bonita, através de exemplos de roupas de praia, piscina, ginástica, roupa do dia-a-dia, lingerie...

A sétima edição da cartilha, além de conter os assuntos tratados na sexta edição, como por exemplo, esporte, alimentação, dicas úteis, vida íntima, gravidez, banheiro adaptado para os ostomizados e legislação, conta com a contribuição muito importante da psicóloga Edirlene Fernandes, que trata das implicações psicológicas decorrentes da realização de uma ostomia, de forma simplificada.

O Blog “Ostomia sem fronteiras” se sente honrado em ter contribuído na sexta e na sétima edição,  com a parte “Alimentação e Ostomia”.

Se você é ostomizado(a) e ainda não leu a cartilha, essa é a hora e você não irá se arrepender, pois vale muito a pena e sempre tem alguma coisa nova para aprendermos. Se você é um familiar ou amigo(a) de uma mulher ostomizada indique a leitura desta cartilha, com certeza você irá ajudá-la.

Para visualizar a cartilha acesse o link:

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Coceira ao redor do estoma

Christiane e Cláudia Yamada

É muito comum uma pessoa ostomizada sentir uma coceirinha ao redor do estoma e isso pode acontecer por vários motivos.

Geralmente, quando sentimos esta coceira, é muito difícil nos controlarmos para não coçar, pois quanto mais coçamos mais vontade temos de coçar. Mesmo sendo difícil, devemos evitar coçar para não irritar e nem machucar a pele.

Alguns motivos que podem ser a causa da coceira são:

- Desidratação:
Se a pele ao redor do estoma estiver coçando, porém, não estiver vermelha, irritada ou com alergia, e nem estiver infiltrando fezes/urina a causa pode ser a desidratação. Beba bastante líquido, se a causa for a desidratação, assim que você estiver bem hidratado (a), irá parar de coçar.

- Infiltração de fezes ou urina:
Se estiver infiltrando fezes/urina pela placa de ostomia, irá irritar a pele, causando coceira e até assadura. Procure recortar na placa um orifício com tamanho mais próximo possível do estoma para evitar esta infiltração. E quando isto acontecer troque a placa/bolsa o mais rápido possível.

- Alergia da placa:
Algumas pessoas apresentam alergia a alguns tipos de placas, devido ao material. Isto causa irritação e muita coceira na pele. Caso isso ocorra é importante que você procure um enfermeiro estomaterapeuta para que ele lhe ensine como cuidar da pele irritada e lhe apresente outros modelos e marcas de placas para que você experimente e escolha a que se adaptar melhor.

- Alergia a pasta com álcool:
A pasta com álcool é utilizada ao redor do estoma para ajudar a fixar a placa/bolsa, porém algumas pessoas podem apresentar alergia a essa pasta, causando irritação e coceira na pele. Caso isso aconteça, troque a placa e não use mais a pasta com álcool, existem tiras sem álcool que podem substituir a pasta, sem causar a alergia.

- Calor:
Muitas pessoas ostomizadas sofrem com o calor, pois normalmente ele causa coceira ao redor do estoma, caso isto aconteça com você, evite a exposição ao sol, use roupas leves e beba bastante líquido.


É muito importante que você procure um(a) enfermeiro(a) estomaterapeuta sempre que perceber alguma anormalidade (irritação, coceira, vermelhidão, alergia...) com a pele ao redor do seu estoma, pois ele(a) é o(a) profissional mais indicado(a) para te ajudar neste momento.

domingo, 5 de abril de 2015

Ostomia e quimioterapia

Christiane e Cláudia Yamada

Muitas pessoas ostomizadas precisam fazer quimioterapia, e se não é fácil ser ostomizado, imagina ser ostomizado e fazer tratamento oncológico ao mesmo tempo?

As pessoas ostomizadas que realizam quimioterapia precisam ter um cuidado redobrado com a sua ostomia e sua saúde, por vários motivos.

Quando falamos em quimioterapia, normalmente pensamos em cansaço, debilitações, náuseas..., mas os tratamentos também podem produzir outros efeitos colaterais. Podem afetar, por exemplo, a pele.

Devido ao tratamento oncológico a pele pode sofrer algumas alterações, como ficar mais seca, sensível, irritada e apresentar manchas.  Com essas alterações muitas vezes a bolsa/placa de ostomia precisa ser trocada com mais freqüência, diminuindo assim, o seu tempo de uso.

Troque a placa/bolsa com muito cuidado e delicadeza para evitar que a sua pele fique irritada e/ou ferida. Muitas pessoas sentem uma coceira na pele ao redor do estoma ao retirar a placa/bolsa, porém evite coçá-la, principalmente se você estiver em tratamento oncológico, pois neste período a sua pele está mais sensível, em caso de ferida a sua cicatrização pode ser mais demorada e a sua imunidade pode estar mais baixa, o que facilitaria uma infecção.

Outro efeito colateral de algumas quimioterapias é a diarreia. Se isto acontecer você precisa se preocupar com três coisas: a troca e durabilidade da bolsa/placa, a sua hidratação e a sua alimentação.

Quando você estiver com diarreia, a durabilidade das placas/bolsas é menor, pois o intestino funcionando mais vezes e com as fezes mais líquidas, a infiltração ocorre mais facilmente. Preste atenção para evitar assaduras, principalmente se sua pele estiver sensível e irritada. Não deixe a bolsa ficar muito cheia, para evitar que ocorram acidentes.

É essencial beber bastante líquido (2,0 a 3,0 litros/dia) para evitar a desidratação, principalmente se você for ileostomizado e estiver com diarreia. Se você sentir câimbras, tonturas...procure seu médico!!!

Em relação à alimentação, se a quimioterapia que você estiver fazendo causar diarreia, evite alimentos que soltem o intestino, como por exemplo, o mamão, a laranja com bagaço, ameixa preta, maçã e pera com casca, manga, verduras, beterraba, aveia, farelo de trigo, arroz integral, feijão, lentilha, grão de bico, ervilha...

Muitas vezes com a quimioterapia, o odor das fezes ficam mais fortes. Alguns alimentos podem ajudar a amenizar esse odor, são eles: pêssego, maçã, pera, banana maçã, goiaba, iogurte natural, coalhada, chá (hortelã, erva doce, salsinha).

Não é fácil ser ostomizado e ter que fazer quimioterapia, porém temos que enfrentar o tratamento, os efeitos colaterais, os problemas com as bolsas e seguir a vida. Afinal nem todos tem a mesma chance que nós tivemos!!!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Ostomia e o calor

Christiane e Cláudia Yamada

O verão é a estação do ano preferida por muitas pessoas, pois aproveitamos os dias mais quentes e longos, o sol, vamos à praia, piscina, cachoeira, parque..., e usamos roupas mais leves e confortáveis..., porém o calor pode ser um inimigo para muitos ostomizados.

A maioria dos ostomizados sente na pele a dificuldade de ser ostomizado durante o verão, por alguns motivos que podem ser prejudiciais ao seu bem estar.

Podemos citar alguns exemplos: 
- Desidratação
A pessoa ostomizada desidrata mais rápido que uma pessoa sem ostomia, pois ela não tem controle no funcionamento do seu intestino e/ou bexiga, perdendo mais líquidos e eletrólitos.

- Diarreia
No o calor, o intestino de uma pessoa ostomizada pode funcionar mais vezes e as fezes  podem ficar mais líquidas.

- Duração da placa e bolsa de ostomia
No calor, muitas vezes a pele ao redor do ostoma coça (sensação de pinicar) e como, geralmente, o do intestino fica mais solto, as placas duram menos tempo, sendo necessário trocá-las com mais freqüência.

- Aderência da placa
Durante a troca da placa é importante secar bem a pele para que a placa fique bem aderida. Nesse calor é muito difícil secar bem a pele, pois muitas vezes ficamos suando e por isso a placa pode se descolar mais fácil, ou dependendo da placa, se a pele suar, ela grudará muito na pele, o que dificultará a sua retirada.

Algumas dicas para os ostomizados nesse verão:
- Tomar bastante líquidos, para não ficar desidratados (2,0L-3,0L/dia);
- Quando se alimentar fora de casa procure restaurantes de sua confiança com boa higiene, bom armazenamento e cuidados na manipulação dos alimentos.
- Se tiver diarréia e ela persistir por mais de um dia, entre em contato com o seu médico proctologista ou procure um hospital, pois você pode desidratar.
- Troque a placa sempre que necessário.
- Lave ao redor do ostoma com água morna ou fria, para não irritar a pele e evitar que ela sue muito.
- Evite fazer muito esforço físico nos horários em que o sol está mais quente, pois o cansaço e o suor é bem maior.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O ostomizado e a falta de água

Christiane e Cláudia Yamada

Atualmente (desde o ano passado) a notícia que mais circula nas mídias (tv, rádio, Internet, jornal, revistas) é sobre a crise da água. Crise que não começou hoje, não começou ontem e nem no ano passado, mas há muitos anos atrás (em São Paulo o primeiro sinal veio em 2004!!!).

Sabemos que a água é o recurso natural mais abundante do planeta, podendo ser encontrado em quase todos os lugares, e ela está no dia a dia de todas as pessoas que habitam o planeta (cerca de 7 bilhões). Além de matar a sede, a água está nos alimentos, nas roupas, nos carros... Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento. Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de estresse hídrico.

A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Mas a culpa da crise no planeta não é só da instabilidade de “São Pedro”, pois a população cresceu muito. E a urbanização, que aumenta a poluição dos rios e dificulta o acesso à água potável, também entrou na mistura, junto com todos aqueles outros vilões que nós já conhecemos: verticalização, impermeabilização do solo, falta de planejamento, sobrecarga do sistema de abastecimento e coleta. A Sabesp estima que, em São Paulo, 25% da água se perca no caminho entre a distribuidora e as torneiras das casas.

Além disso, existem outros fatores muito conhecidos por todos nós: o desperdício (escovar os dentes e lavar louça com torneira aberta, varrer calçada com esguicho de mangueira, tomar banho muito demorado...) e também a falta de conscientização da população, das empresas e do governo.
Para evitar que o mundo chegue a situação extrema de falta de água, algumas medidas podem ser tomadas, como por exemplo, o reuso da água, que vem sendo utilizado por muitas empresas para diminuir seus gastos e também colaborar com o meio ambiente. No Brasil, 80% do esgoto coletado vai parar em cursos d'água sem receber nenhum tratamento.

A população também pode contribuir, evitando o desperdício de água com pequenas mudanças no cotidiano em suas casas, propriedades e estabelecimentos comerciais. No Brasil se gasta cerca de cinco vezes mais água do que o necessário. O consumo é de cerca de 200 litros por dia por pessoa, sendo que a OMS recomenda gastos de 40 litros por dia por pessoa. Este desperdício todo nos preocupa, pois o ser humano é capaz de ficar 60 dias sem comer, mas só resiste cinco sem água.
Estamos falando tanto de crise da água e da necessidade de economizar água, e você deve estar pensando: qual a relação da crise da água com este blog ou com o ostomizado??? A relação é muito grande!!!

Quando uma pessoa fica ostomizada, geralmente, recebe orientação do médico, da nutricionista e do enfermeiro estomaterapeuta para beber bastante água, pois normalmente o ostomizado (principalmente o íleo e o urostomizado) se desidrata mais facilmente que uma pessoa que não é ostomizada. Isso acontece porque uma pessoa ostomizada não consegue controlar o funcionamento do seu intestino e/ou bexiga, eliminando mais líquidos pelas fezes e pela urina. Uma pessoa colostomizada deve beber pelo menos 2,0 litros/dia, um ileostomizado 2,5 litros/dia e urostomizado de 2,5-3,0litros/dia de água!

Também precisamos beber bastante água porque algumas vezes a pele ao redor do nosso estoma coça e uma das causas pode ser a falta de hidratação. E assim ao tomar água, se a causa da coceira for essa, a irritação ao redor do estoma irá melhorar.

Muitas vezes, durante a troca da placa/bolsa de ostomia, o intestino e/ou bexiga não para de funcionar, e com isso o tempo do banho é mais demorado. Pois, para trocarmos a placa/bolsa de ostomia, é preciso limparmos e secarmos bem a pele ao redor do estoma, e se ele estiver funcionando, é necessário esperarmos que ele pare, pois a placa/bolsa, não irá aderir à pele úmida ou suja. Portanto, mesmo com essa crise de água, muitas vezes, não tem como uma pessoa ostomizada tomar um banho de 5 minutos, pois se o estoma estiver funcionando é preciso ficar lavando a pele, pois a urina e as fezes assam a pele ao redor do estoma, da mesma maneira que assam a pele de um bebê, quando ele fica por muito tempo com a fralda suja! Portanto, muitas vezes, o ostomizado não demora no banho porque ele quer, mas por necessidade.

Além disso, o número de descargas que damos durante o dia é muito maior, pois como não conseguimos controlar nossas fezes e/ou a urina, quando a bolsinha enche precisamos esvaziá-la. Quantas vezes ao dia? Depende se é colostomia, ileostomia ou urostomia., depende de cada organismo, do tratamento, do medicamento... Os ostomizados precisam esvaziar a sua bolsa quantas vezes forem necessário.

Às vezes nos perguntamos: “Será que é justa a cobrança de multa para quem gasta mais água?” É justa para aquelas pessoas que DESPERDIÇAM água, mas e aquelas que gastam mais água por necessidade?

Outro dia estávamos pensando, se esta multa fosse cobrada em 2009, teríamos que recorrer, pois com certeza seríamos multados. Imaginem, uma família com 3 ileostomizados e além disso, duas delas fazendo quimioterapia, tendo como um dos efeitos colaterais a diarréia, sendo necessário esvaziar a bolsinha umas 20 vezes ao dia. Mais a demora no banho para trocar a placa de ostomia, mais os lençóis e roupa que tínhamos que lavar quando a placa se soltava durante o sono (as vezes mais de uma vez por semana)...não tem como mensurar o quanto de água a mais gastamos pelo fato de ficarmos ostomizados.

O ostomizado pode sim economizar água! Não escovando os dentes ou lavando a louça com torneira aberta, não lavando a calçada, garagem ou carro com mangueira....mas temos sim que nos hidratar sempre, esvaziar a bolsa de ostomia e podemos demorar mais vezes no banho para trocar a bolsa/placa!!! Uma pessoa ostomizada dificilmente sobrevive sem água!!!!

Referências:


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

É fácil ser ostomizado?

Christiane e Cláudia Yamada

Ser ostomizado não é tão fácil como muitas pessoas pensam, pois:

Ser ostomizado não é apenas viver com uma bolsa para coletar fezes ou urina no abdômen...
Ser ostomizado vai muito além disso...
Ser ostomizado é aprender a viver com o novo e se adaptar a nova condição de vida...
Ser ostomizado é se aceitar, mesmo com as dificuldades do dia a dia...
Ser ostomizado é saber lidar com o preconceito...
Ser ostomizado é tentar levar uma vida normal...
Ser ostomizado é ter jogo de cintura quando acontecem “acidentes” com a bolsa de ostomia...
Ser ostomizado é saber o que pode ou não fazer e/ou comer...
Ser ostomizado é saber disfarçar o barulho dos gases e o volume da bolsa...
Ser ostomizado é saber escolher a melhor roupa que disfarce a sua bolsa ou usar a bolsa a mostra...
Ser ostomizado é se desdobrar em 10 e conseguir usar os banheiros públicos...
Ser ostomizado é saber se virar com a falta de materiais de ostomia....
Ser ostomizado é conhecer e saber usar os seus direitos (cartão DeFis-DSV, Bilhete único especial, isenção de rodízio, senha prioritária, fila especial...) mesmo que os outros olhem torto para você...
Ser ostomizado é saber usar o cinto de segurança da melhor forma...
Ser ostomizado é saber proteger o seu ostoma em locais cheios, como em ônibus e metrôs em horário de pico...
Ser ostomizado é saber o melhor horário e a melhor forma de trocar a sua bolsa...
Ser ostomizado é saber lidar com os problemas de pele (alergia das placas, assaduras...)...
Ser ostomizado é saber os seus limites...
Ser ostomizado é ajudar outros ostomizados...

Enfim, ser ostomizado é viver com uma bolsa de ostomia no abdômen e enfrentar os desafios que virão pela frente.