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quarta-feira, 30 de março de 2011

Benefícios da ingestão de pre e probióticos

Os probióticos são alimentos processados com microrganismos vivos que quando ingeridos são capazes de sobreviver ao trânsito gastrintestinal e colonizar a flora natural do intestino onde exercem efeito protetor no metabolismo humano.

Eles podem ser componentes de alimentos industrializados, como,por exemplo, em leites fermentados e iogurtes; e também são encontrados em produtos farmacêuticos, na forma de pó ou cápsulas.

Estes produtos têm como finalidade principal manter a microbiota intestinal que pode ser desbalanceada por tratamentos com antibióticos, quimioterapia, radioterapia ou por situações de estresse metabólico.

Os probióticos também têm sido considerados armas efetivas para a prevenção de doenças, em especial as infecciosas, porque controlam o crescimento das bactérias patogênicas, de vírus e de fungos, e promovem a estabilização do ambiente intestinal.

Entre os inúmeros benefícios atribuídos ao uso de probióticos está a diminuição de metabólitos pró-cancerígenos no cólon, o que pode significar uma importante proteção para evitar o desenvolvimento da doença. Além disso, estudos comprovam que a ação dos microrganismos vivos diminui a freqüência e a duração de diarréia associada ao uso de antibióticos, estimula a imunidade, reduz a concentração de colesterol e triglicérides no plasma e melhora a digestão da lactose, a constipação e os sintomas da Síndrome do Cólon irritável. A diarréia pós-radioterapia (ex: tumor de colo de útero, de próstata) também pode ser minimizada e até prevenida com o emprego de probióticos.

Estudos mostram que o uso dos probióticos e de leite fermentados levaram ao desenvolvimento mais lento de câncer induzido e podem combater o crescimento de células cancerígenas no intestino, bexiga e estômago, apresentando efeitos antitumorais.

Há evidências de que o consumo diário de leite fermentado com Lactobacillus e Bifidobactérias reduz a incidência de câncer de cólon em humanos.

A terapia simbiótica (uso associado de pré e probióticos) tem demonstrado eficácia na prevenção de câncer intestinal, embora o uso de probióticos isoladamente não tenha comprovação científica.

Os prebióticos são alimentos não digeríveis que exercem efeito benéfico no organismo promovendo o crescimento preferencial de bactérias intestinais, particularmente as bifidobactérias e os lactobacilos, e reduzindo o crescimento de bactérias patogênicas, o que contribui para a saúde da microbiota intestinal. Entre os alimentos ricos em oligossacarídeos não-digeríveis estão os cereais integrais, farelo de aveia, frutas (com casca), laranja (bagaço), verduras, folhas verdes e leguminosas. É importante lembrar que para que se tenha efeito benéfico para o intestino, é necessário aliar uma dieta saudável à ingestão de, pelo menos, dois litros de água por dia.

Entre os benefícios constatados dessa ação conjunta de alimentos prebióticos e probióticos, estão o controle de diarréias e obstipações, com a estabilização do trânsito intestinal, especialmente nos casos de doenças inflamatórias intestinais como a retocolite ulcerativa, a síndrome do intestino irritável, a Doença de Crohn e bolsite (inflamação da bolsa ileal após colectomia para RCUI). Outras indicações dos prebióticos e probióticos incluem a intolerância à lactose (os probióticos produzem lactase), a constipação intestinal, a prevenção e tratamento de diarréia aguda. Os prebióticos também aumentam a absorção intestinal (cólon) de sais minerais, em especial o cálcio.
  
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

CASTILHO A. C., CUKIER C., MAGNONI D., Probióticos no Câncer. Medicina Saúde. Yakult. São Paulo. 16p, 2004.

DAMIÃO A. O. M., Prebióticos, Probióticos a Simbióticos: Aplicações clínicas. Bio Nutrição e saúde. Nestlé. São Paulo. P 18 – 24. Ano I – N 1

Super Saudável. Lactobacillus casei Shirota.Ensaios clínicos comprovam eficácia contra o Câncer. Publicação da Yakult do Brasil – São Paulo. Ano IV - N 20 -Julho/agosto 2004. p 14

Super Saudável. Processo de envelhecimento começa no intestino. Publicação da Yakult do Brasil – São Paulo. Ano V - N 25 – maio/junho 2005. p 10

Super Saudável. Unicamp realiza protocolo com uso de Yakult RI. Publicação da Yakult do Brasil – São Paulo. Ano IV - N 22 –novembro/dezembro 2004. p 22

Site: www.yakult.com.br

sexta-feira, 25 de março de 2011

Atitude é tudo!

Muitas vezes na vida passamos por situações difíceis e inesperadas (ostomia, quimioterapia...) que nos deixam sem reação, mas precisamos compreender e superar essas dificuldades.

Diante destas situações, cada pessoa reage de uma forma diferente, algumas se desesperam, outras choram,  outras buscam força na religião... E a forma que reagimos interfere muito no nosso tratamento, aceitação e cura. 

Sabemos que é difícil encara tudo como se fosse a coisa mais simples do mundo, mas temos que tentar. Algumas vezes conseguiremos, outras não, mas pelo menos poderemos dizer: "eu tentei".

O texto a seguir nos mostra como uma atitude positiva é essencial diante de qualquer problema, dificuldade, doença, ou seja, em todas as situações de nossas vidas:

Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou no espelho e percebeu  que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.
- Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje.
Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça..
- Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.
Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.
Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.
ATITUDE É TUDO!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
Viva com simplicidade.
Ame generosamente.
Cuide-se intensamente.
Fale com gentileza.
E, principalmente, não reclame.
Se preocupe em agradecer pelo que você é, e por tudo o que tem!
E deixe o restante com Deus.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ostomia e o impacto psicológico

O ser humano zela por sua perfeição, saúde e dinamismo, e quando se vê inserido no mundo com algo que lhe pode destruir a vontade de viver, a vaidade, esperança, autoconfiança e controle, ele se sente, perante o mundo, como um ser derrotado. Nesse momento, o ser humano fecha-se em si mesmo e não consegue entender e aceitar a sua condição de ostomizado, ficando revoltado, inconformado, constrangido...

Independente de ser temporária ou definitiva, a realização da ostomia acarreta uma série de mudanças na vida do paciente, tais como: necessidade de realização do autocuidado com a ostomia, aquisição de material apropriado para a contenção de fezes ou urina, adequação alimentar, convivência com a perda do controle da continência intestinal ou vesical, eliminação de odores, alteração da imagem corporal, bem como alteração das atividades sociais, sexuais e cotidianas.

Alterações profundas são causadas no modo de vida das pessoas que necessitam ser submetidas à realização desse procedimento, causando desorganização emocional intensa, e vivência de grandes períodos de sofrimento, o que exige a busca de algumas estratégias para enfrentar essa nova condição.

Após a cirurgia, o estomizado até pensa em como reiniciar sua vida, como adotar maneiras práticas de manter suas atividades sociais, interpessoais e de lazer, anteriores à cirurgia, porém o impacto muitas vezes resulta em sentimentos negativos para este indivíduo, sentimento de perda, de inaceitação, falta de privacidade, inutilidade, desgosto, depressão, e até o isolamento próprio que ele colocou para si, acaba afetando a vida da pessoa ostomizada.

Em função das limitações impostas pela ostomia, os ostomizados passam a ficar a maior parte do tempo em casa e ociosos, e como conseqüência, perde o prazer de viver, vivenciando sentimentos de medo, angústia, solidão, entre outros.

As reações apresentadas pelos pacientes que adquirem ostomia são variadas. Muitas vezes o recém-operado prefere à morte à ostomia, e só com o passar do tempo a pessoa consegue se aceitar.

É preciso dar mais atenção à pessoa portadora de estomia, buscando no seu universo conhecer e compreendê-la, mediante a interpretação dos sentimentos expressos por ela, principalmente pela manifestação verbal de suas emoções.


Referências:

Rev. bras. enferm. v.60 n.3 Brasília maio/jun. 2007

Rev. esc. enferm. USP vol.44 no.1 São Paulo mar. 2010

sábado, 12 de março de 2011

Contexto Social

Os ostomizados, devido à alteração da imagem corporal, apresentam sentimento de medo, solidão e impotência. Eles costumam se isolar, evitando locais públicos e o convívio social, com receio de que as pessoas percebam o uso da bolsa coletora, escute os ruídos emitidos pela saída de gases, sinta odor das fezes ou que ocorra o extravasamento das fezes pela bolsa.

O afastamento das pessoas, muitas vezes, é uma estratégia adotada pelo portador de ostomia para evitar o constrangimento, a discriminação por causa da deficiência física, o sentimento de pena e reações de aversão.

Geralmente, as pessoas ostomizadas têm dificuldades em voltar a trabalhar, pois se sentem inseguras, e por isso algumas acabam pedindo aposentadoria por invalidez, e muitas pessoas que ficam ostomizadas quando estão desempregadas, têm dificuldade de conseguir um emprego devido a sua condição física. Porém, a ausência de atividade laborativa pode levá-los a ociosidade e ao isolamento social, contribuindo para prejudicar ainda mais a sua qualidade de vida.

Quanto às atividades de lazer, ocorrem também modificações. Em relação às que são consideradas “passivas”, como, por exemplo, ir ao cinema, assistir televisão, leituras entre outras, não é habitual ter alteração. Porém, no que se refere a atividades consideradas “ativas”, como viajar, realizar algum tipo de esporte, o mesmo não se verifica.

Cerca de metade dos pacientes não retornam suas atividades de lazer ou retornam apenas parcialmente, pois os ostomizados prendem-se com a insegurança em relação à qualidade dos dispositivos, problemas físicos, dificuldades em higienizar a bolsa, vergonha e medo de problemas gastrintestinais.

Referências:

Rev. bras. enferm. v.60 n.3 Brasília maio/jun. 2007

Rev. esc. enferm. USP vol.44 no.1 São Paulo mar. 2010

sexta-feira, 4 de março de 2011

A importância do apoio da família

Durante o processo de reabilitação, a pessoa ostomizada encontra-se fragilizada e em intensa desordem emocional, pois acaba deparando-se com diversas alterações em seu processo de viver, que vão desde a alteração da fisiologia gastrintestinal, da auto-estima à alteração da imagem corporal, além de ter que reaprender a cuidar de si, e por isso, nesse momento, o apoio familiar é fundamental.

Geralmente, a pessoa recém ostomizada não aceita a sua condição e apresenta algumas reações, que podem ser revolta, angústia, insegurança, vergonha, entre outros, e a família precisa compreender e apoiá-la neste momento tão difícil para que ela consiga superá-lo. Porém, a família tem que tomar cuidado para não desenvolver um sentimento de piedade devido à perda da integridade física da pessoa que estima muito, pois se isso acontecer e a família adquirir uma postura super protetora, ela irá manter a pessoa ostomizada dependente e incapaz para exercer qualquer tipo de atividade.

Portanto, a família desenvolve um papel fundamental no processo de recuperação do paciente, bem como na aceitação de sua condição. Ela é o suporte concreto em todas as fases da doença e desenvolve um papel muito importante ao assumir o cuidado da desordem física e emocional, além de oferecer proteção, conforto e afeto e dar-lhes sentido à luta pela vida.



Referências:

Rev. bras. enferm. v.60 n.3 Brasília maio/jun. 2007

Rev. esc. enferm. USP vol.44 no.1 São Paulo mar. 2010

quarta-feira, 2 de março de 2011

Programas que auxiliam os ostomizados

A ostomia é uma cirurgia que muda a vida de uma pessoa. Quando ainda estamos no hospital, nos sentimos mais seguros, por estarmos cercados de pessoas da área da saúde, que entendem mais do que nós leigos, que na maioria das vezes nunca vimos uma ostomia e nem sabemos como lidar com essa situação.

Muitos ostomizados, ao saírem do hospital, ainda estão fragilizados pelo processo cirúrgico, não aceitaram a sua situação, e já começam a enfrentar os primeiros obstáculos, pois muitas vezes tem alta hospitalar sem ter o conhecimento básico sobre como cuidar do seu ostoma, como trocar as placas e bolsas, onde comprar os materiais necessários; e por isso acabam entrando em desespero.

Para amenizar essa situação, os principais laboratórios que produzem equipamentos para as pessoas ostomizadas possuem programas que as auxiliam, oferecendo uma primeira visita gratuita de um profissional de saúde habilitado (enfermeiro estomaterapeuta), para orientá-los em relação ao uso correto dos equipamentos, além de doar um kit com produtos, e orientá-los ao núcleo, Associação dos Ostomizados ou Posto de Saúde mais próximo para se cadastrar e pegar os materiais gratuitamente todos os meses. Para agendar a visita é só ligar para o 0800 do laboratório.

Entre os principais laboratórios, podemos citar:

- Hollister do Brasil, com o Programa de Atendimento ao Estomizado QualiVida
  0800 778 1000

- Convatec, com o PPA – Programa de Primeiro Atendimento ao Ostomizado
  0800 7276 115

- Coloplast, com o Programa Ativa