Minha história
começou aos 11 anos de idade, com dores abdominais e diarréia com sangue. Após
idas e vindas aos hospitais e
consultórios médicos (pediatra, clinico geral, entre outros), fui internada e
passei por uma colonoscopia, a qual diagnosticou Retocolite Ulcerativa
Inespecífica (RCUI). Então começaria minha jornada de tratamentos: medicações
(corticóide, sulfas, ciclosporina, entre outros), dietas, exames periódicos,
até que aos 19 anos fui internada em UTI devido ao estado de choque causado por
uma hemorragia e após dois meses de internação passei pela primeira intervenção
cirúrgica para retirada total do cólon e confecção de uma ¨bolsa¨ interna
confeccionada com o intestino delgado e uma ileostomia temporária.
Foi muito
traumático, sem nenhum preparo ou explicação, nunca tinha ouvido falar de
ostomia e nem ao menos sabia o que era uma bolsa coletora! Era minha única
opção para poder voltar a me alimentar, ir para casa e o melhor: seria
curativa, pois RCUI acomete apenas o colón!
Ok, passado o susto
inicial, fiquei por um ano ostomizada e após um ano e quatro meses, fiquei bem
após a reconstrução do trânsito intestinal. Porém, após uns cinco anos voltei a
apresentar problemas intestinais e dores fortíssimas e, no ano de 2000 voltei
ao centro cirúrgico para uma laparotomia exploratória devido a um abscesso
intestinal interno, que inclusive foi diagnosticado como tumor ovariano! Resultado:
ostomizada novamente por um ano e meio.
Confesso que a
idéia de ficar ostomizada não me era agradável e foi então que eu decidi
procurar alguma ajuda e aceitar minha situação. Pesquisando na Internet,
encontrei a Associação de Ostomizados do Estado de São Paulo (AOESP) onde fui
muito bem recebida e acolhida e colocada em contato com outras pessoas,
inclusive jovens com problema de saúde semelhante ao meu e outros até piores.
Desta forma
começava um período de melhora para mim. Além disso, tive a oportunidade de
representar o Brasil durante o II Congresso de Jovens Ostomizados ocorrido em
outubro de 2001, no Canadá. Guardo boas recordações das pessoas que conheci e
de tudo que aprendi.
Em 2002, fiz a
reconstrução do trânsito intestinal e após 6 meses apresentei fístula
enterocutânea (na barriga mesmo!) e, após várias tentativas do médico em
cicatrizá-la, fui para cirurgia novamente e já avisada que poderia ficar
ostomizada em
definitivo. Tudo correu bem e não fiquei ostomizada, hoje
tenho uma anastomose íleo-anal, mais bolsa interna em J (J -Pouch). Continuo em
acompanhamento médico, que após biópsia concluiu Doença de Crohn, já passei por
crises fortes da doença com estenose e crohn metastático na virilha, porém
atualmente estou bem controlada com a medicação e acompanhamento ambulatorial.
Hoje posso concluir
que todos esses acontecimentos me fizeram perceber que não preciso ter medo, posso
viver bem, ostomizada ou não e, principalmente não sou a única e o fato de
entender melhor a doença e de estar bem assistida proporciona segurança física
e psicológica, o que, sem dúvida ajuda muito na recuperação de qualquer pessoa.
Amigaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, lindo seu depoimento, você é uma GUERREIRA, uma LUTADORA!!!!!!!!!!! Eu, adorei ter te conhecido pessoalmente!!!!!!!!!!! Você, é um encanto de pessoa, seu sorriso..........haaaaaaaaaa, eu amooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!Bjus e obrigada por ser minha amiga!!!!!!!!!!!
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