E-mail: ostomiasemfronteiras@yahoo.com.br

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Passe Livre Interestadual

Christiane e Cláudia Yamada

As pessoas ostomizadas, com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo tem direito ao Passe Livre Interestadual, com ele você pode viajar por todo o país.
Para solicitar o Passe Livre Interestadual, você precisará dos seguintes documentos:

- Cópia de um documento de identificação, que pode ser:
·         Certidão de Nascimento;
·         Certidão de Casamento;
·         Certificado de Reservista;
·         Carteira de Identidade;
·         Carteira de Trabalho e Previdência Social;
·         Título de Eleitor;
          ·         Carteira Nacional de Habilitação. 

- Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado. Você pode fazer o donwload no link:

- Requerimento, acompanhado da Declaração da Composição e Renda Familiar (formulário em anexo). Você pode fazer o donwload no link:

Após o preenchimento dos formulários, você deverá enviá-los com cópia de um documento de identificação, para o Ministério dos Transportes, no seguinte endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9600 - CEP 70.040-976 - Brasília (DF). Informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre.

Os transportes que aceitam o Passe Livre são: transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano.

O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito. O Passe Livre também não dá direito para o acompanhante viajar de graça.

Para conseguir a autorização de viagem nas empresas, basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, em cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal.

Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário.

Para saber como renovar a sua credencial do Passe Livre, acesse o link:

Para solicitar uma 2ª Via de Credencial, acesse o link:

Para consultar o andamento do Processo do Passe Livre para Beneficiários, acesse o link:

Caso você queira mais informações ou fazer reclamações, ligue ou escreva para:
Posto de atendimento - SAN Quadra 3 Bloco N/O Edifício DNIT Térreo - Brasília/DF
Telefone: (61) 2029-8035.
Caixa Postal - 9.600 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF
e-mail: passelivre@transportes.gov.br 

Referência:

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A importância do acompanhamento nutricional

Christiane e Cláudia Yamada

Quando ficamos ostomizados, uma das principais preocupações é em relação a nossa alimentação, pois não sabemos o que podemos comer e nem se a nossa alimentação pode continuar como era antes da ostomia. Por isso, é importante, após a realização da cirurgia, nos consultarmos com um nutricionista.

Na consulta você poderá tirar todas as suas dúvidas em relação a sua alimentação e fazer uma reeducação alimentar.

Geralmente, as principais dúvidas das pessoas ostomizadas são em relação aos alimentos que podem causar diarreia (laxativos), aos que podem dar gases (flatulentos) e aos que podem causar sub-oclusão intestinal.


É importante fazer um acompanhamento nutricional, pois além das orientações sobre a alimentação, e o acompanhamento do seu ganho e perda de peso, o nutricionista também poderá solicitar exames laboratoriais para verificar como está a absorção de vitaminas e eletrólitos pelo seu organismo, e se for necessário, fará suplementação de vitaminas e minerais, para melhorar o seu estado nutricional. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Depoimento de Prissila Alves

Acompanhem o lindo depoimento de Prissila Alves.

Meu nome é Prissila, tenho 26 anos e fui diagnosticada com Doença de Crohn aos 19 anos.
Aos 18 anos comecei a passar muito mal com fortes crises de gastrite aliadas a problemas intestinais, que vieram acompanhados de constantes sangramentos. Durante uma cirurgia o médico percebeu um líquido estranho e mandou para análise, logo depois recebi o resultado que informava compatibilidade com a Doença de Crohn. Desde 2006 faço tratamento no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão) no RJ. Já passei por seis cirurgias, sendo quatro cirurgias de fístula perianal para colocar e trocar sedenhos e duas laparatomias, na primeira em 2008 retirei 1,5 Litros de pus do abdômen, na segunda em 2010 retirei um ovário e fiquei ileostomizada. 
No mesmo dia em que fiquei ileostomizada uma amiga retirou a bolsa depois de 6 anos, sendo que poucas eram as pessoas que sabiam de sua condição, tamanha era sua vergonha. Naquele dia eu falei com Deus para me ajudar a fazer daquele limão uma limonada. Alguns meses depois da cirurgia fui à praia, ao Rock in Rio, viajei, me enfiei em tudo quanto era buraco, costumo dizer que toda essa condição mudou toda a minha vida e para melhor.
A minha vontade de viver é tão grande que posso dizer que sou muito mais feliz com a ostomia do que antes dela, minha qualidade de vida melhorou tanto que reflito muito sobre a possibilidade de reversão. Faço tudo o que quero e depois de 3 anos de ostomizada não encontrei limitação alguma. 
Troquei de faculdade, pois cheguei à conclusão de que a vida é muito curta para trabalhar em algo que nada te acrescenta, entendi que a profissão tem que nos completar, estou no 5º período de serviço social, faço estágio e tenho uma vida normal, é claro que tem dias que estou mais indisposta, isso é completamente normal. Estou experimentando a cada dia o amor de Deus em minha vida que me ajuda a aprender em meio às adversidades. Esse é um pouquinho de minha nada mole vida!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A importância da visita do enfermeiro estomaterapeuta antes da alta hospitalar

Christiane e Cláudia Yamada

Quando a cirurgia é eletiva, algumas pessoas procuram as Associações de Ostomizados antes da sua realização, para entenderem um pouco como será a sua vida após a ostomia, porém só depois da cirurgia é que realmente aprenderemos a lidar com o ostoma e com a bolsa.

É muito importante receber a visita de um enfermeiro estomaterapeuta, antes da alta hospitalar, pois esse profissional possui conhecimentos, treinamento específico e habilidades para cuidar das pessoas ostomizadas. Será o enfermeiro estomaterapeuta que nos ensinará a cuidar da nossa ostomia e a trocar a bolsa.

 O estomaterapeuta irá nos preparar para fazermos o nosso autocuidado em casa. Ele irá nos ensinar a higienizar a pele, a medir o tamanho do ostoma, a recortar a placa e a fixá-la na nossa pele da forma mais adequada e correta possível, evitando assim problemas posteriores, como as assaduras e vazamento de fezes ou urina.

Durante a visita, é importante que o paciente ostomizado tire todas as suas dúvidas, e se necessário solicite que o enfermeiro explique novamente, pois o aprendizado do cuidado do ostoma é um processo fundamental para o sucesso da sua reabilitação.  Cuidar e orientar é compartilhar conhecimentos, é uma troca mútua de ensinar e aprender, entre enfermeiro e paciente. Por isso, é muito importante que o enfermeiro estomaterapeuta tenha muita paciência, seja compreensivo e muito bem treinado, para saber lidar com este momento tão delicado e novo do recém ostomizado, compreendendo as suas dificuldades e/ou medo na manipulação do equipamento, e sendo paciente para repetir e mostrar, quantas vezes forem necessárias, como se troca a bolsa. Além de ensinar como levantar da cama, agachar, pegar algum objeto do chão..., para evitar o surgimento de hérnias.

É muito importante a presença de um familiar durante a visita, de preferência a pessoa que irá ajudar o paciente durante a sua recuperação, para que ele também aprenda o manuseio da placa e da bolsa, para auxiliá-lo durante a troca da bolsa, caso seja necessário. Após a alta hospitalar, a família assume a continuidade do cuidado, e o familiar, como cuidador, precisa estar apto a desenvolver o cuidado.

No planejamento da alta hospitalar é fundamental que o paciente e sua família sejam encaminhados para uma Associação de Ostomizado, que fornecerá o apoio necessário aos pacientes e familiares, além de contar com a presença de um enfermeiro estomaterapeuta para tirar qualquer dúvida que possa vir a aparecer.

Podemos dizer que o enfermeiro estomaterapeuta será um dos principais profissionais que nos ajudará na nossa reabilitação, nos ensinando a manter uma pele saudável, a trocar a bolsa...e por isso é muito importante a existência destes profissionais nos hospitais e a sua visita logo após a cirurgia, para que a reabilitação do paciente recém-ostomizado seja o menos traumatizante e o mais rápido possível.

Se a sua cirurgia for eletiva e se for possível, procure um enfermeiro estomaterapeuta com antecedência, para aprender um pouco sobre ostomia, tirar as suas dúvidas e fazer a demarcação do local da ostomia, pois isso facilitará a sua adaptação e o autocuidado, melhorando a sua qualidade de vida e diminuindo os riscos de complicações. Solicite a visita de um enfermeiro estomaterapeuta, antes da sua alta hospitalar, caso você não tenha recebido durante a sua estadia no hospital.

Referências:

Paula MAB, Santos VLCG.  O significado de ser especialista para o enfermeiro estomaterapeuta
Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.11 no.4 Ribeirão Preto July/Aug. 2003.

Martins PAF, Alvim NAT. Plano de cuidados compartilhado junto a clientes estomizados: a pedagogia Freireana e suas contribuições à prática educativa da enfermagem. Texto contexto - enferm. vol.21 no.2 Florianópolis Apr./June 2012.


Martins PAF, Alvim NAT. Perspectiva educativa do cuidado de enfermagem sobre a manutenção da estomia de eliminaçãoRev. bras. enferm. vol.64 no.2 Brasília Mar./Apr. 2011.