Christiane e Cláudia Yamada
A
existência de um serviço de atenção às pessoas ostomizadas é muito importante,
pois ele presta assistência especializada de natureza interdisciplinar (enfermeiro(a),
estomaterapeuta, psicólogo(a), nutricionista, médico(a), assistente social...) às
pessoas com ostoma, tendo como seu principal objetivo a reabilitação da pessoa
ostomizada, enfatizando a orientação para o autocuidado e, na impossibilidade
do autocuidado, deve-se orientar o cuidador e/ou familiar sobre a realização das
atividades de vida diária e vida prática do ostomizado, e a prevenção de
complicações nas ostomias, além de fornecer equipamentos coletores e adjuvantes
de proteção e segurança.
Esse
serviço deve ser composto de uma equipe multiprofissional devidamente
qualificada e capacitada para a prestação de assistência especializada para
pessoas ostomizadas, equipamentos e instalações físicas adequadas, e o usuário deve ser
atendido prioritariamente no serviço mais próximo de sua residência, dentro de
sua região de saúde.
O
acesso ao Serviço de Atenção à Pessoa Ostomizada é de fundamental importância
quando relacionado com a capacidade das equipes para responder às demandas das
pessoas atendidas, levando em consideração as prioridades de atuação da equipe,
a população da área de abrangência, o perfil epidemiológico e os recursos
disponíveis, para viabilizar a melhor qualidade de vida e maior grau de
independência possível, incentivando a autonomia, a participação social, a
dignidade e solidariedade humanas.
O
enfoque do trabalho em saúde com pessoas ostomizadas deve estar centrado na
produção da autonomia e da participação efetiva dos usuários na
construção
de projetos de vida pessoais e sociais.
A
reabilitação/habilitação prevê uma abordagem interdisciplinar e o envolvimento
direto de profissionais, cuidadores e familiares nos processos de
cuidado.
As estratégias de ações para habilitação e reabilitação devem ser estabelecidas
de acordo com as necessidades particulares de cada indivíduo. A troca de
experiências e de conhecimentos entre as diversas áreas é muito importante para
qualificar as práticas clínicas e para eleger os aspectos prioritários a serem
trabalhados em cada fase do processo de reabilitação.
Como
em qualquer outro processo de trabalho, o projeto terapêutico definido para
cada caso deve ser periodicamente revisado e alterado sempre que for
necessário, tanto em termos de objetivos, quanto em termos de estratégias a serem
utilizadas.
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