O Dia Nacional dos Ostomizados foi instituído pela Lei número 11.506/2007. Em homenagem à fundação da Sociedade Brasileira dos Ostomizados (16/11/1985), a data escolhida para celebrar o Dia Nacional dos Ostomizados é o dia 16 de novembro de cada ano.
O Blog "Ostomia sem fronteiras" foi criado com o objetivo de ajudar as pessoas ostomizadas, seus amigos e familiares, através de troca de informações e experiências, mostrando que apesar de algumas limitações, podemos ter uma vida normal. O Blog também é voltado para os futuros ostomizados, com a intenção de que eles entrem em contato com o mundo da ostomia antes da cirurgia.
E-mail: ostomiasemfronteiras@yahoo.com.br
terça-feira, 15 de novembro de 2016
domingo, 9 de outubro de 2016
Nem toda deficiência é visível! #respeite#seinforme
Quando uma pessoa possui algum tipo de deficiência física
visível ou aparente (cadeirante, deficientes visuais, amputados, pessoas com
Síndrome de Down, entre outros) é possível perceber facilmente. Por outro lado,
existem pessoas que são portadoras de deficiências menos conhecidas e menos
visíveis, e que nem por isso são menos importantes, já que essas pessoas também
requerem adaptações que são fundamentais para conseguirem realizar, com
tranquilidade, suas atividades diárias.
Portanto, ser uma pessoa com deficiência não implica,
necessariamente, ter uma anomalia física visível ou aparente, como a falta de
um membro, etc. Ser pessoa com deficiência, muitas vezes, é ser aparentemente
perfeita física e psiquicamente, embora apresente uma anomalia imperceptível.
Essa
definição deveria fazer a sociedade refletir muito sobre quem estaciona
nas vagas especiais e sai andando do carro, quem utiliza banheiros especiais e
é ostomizado... Muitas vezes a sociedade acha que essas pessoas são
oportunistas e se revolta ao presenciar alguns destes fatos. As pessoas com
deficiências não visíveis acabam passando por situações
constrangedoras, sendo alvo de olhares de reprovação e/ou ofensas verbais, por
falta de conhecimento e compreensão da sociedade.
Antes
de julgar, as pessoas deveriam refletir e se perguntar: Será que esta
pessoa não possui alguma patologia degenerativa? Será que esta pessoa possui
uma deficiência não visível?
Estamos
falando de deficiência física não visível e não de falta de caráter, como
muitos pensam.
As pessoas deveriam compreender que ter uma deficiência não
significa que essa pessoa necessariamente precisa usar uma cadeira de rodas ou
precisa ser amputada. Precisamos desmistificar isso! Mas como, se nas filas,
nas portas dos banheiros, nos estacionamentos e nos transportes públicos, os
cartazes que identificam o uso preferencial de portadores de deficiência
apresentam apenas um ícone de uma pessoa na cadeira de rodas? É lógico que ao
ver estes cartazes, as pessoas sem deficiência pensarão que apenas cadeirantes
tem esse direito.
Precisamos mudar isto! O que adianta os ostomizados terem
direito de utilizar banheiro, fila, banco (transporte público) e vaga especial,
se as outras pessoas não tem esse conhecimento? Se muitas não sabem nem o que é
ser ostomizados?
Precisamos conquistar nosso lugar e fazer uso dos nossos
direitos na sociedade!
Sabemos que conquistas não acontecem por acaso. Elas resultam
de lutas, às vezes de uma única pessoa, outras vezes da coletividade.
Foi pensando nisso que nossa querida amiga Juliana Bimbatti
iniciou sua luta para divulgar o direito que uma pessoa ostomizada tem de
estacionar seu carro em uma vaga especial, sem ser criticada ou mal julgada.
Podemos dizer que esta luta começou de uma única pessoa e
agora está se estendendo para a coletividade, através de muitos
compartilhamentos, comentários positivos
no post da Ju e agora também pelo nosso blog!
Juliana Bimbatti é ileostomizada desde 2009 por causa de
Retocolite ulcerativa e adquiriu há pouco tempo seu Cartão DeFis.
Como nós sabemos e já publicamos aqui no blog
(http://ostomiasemfronteiras.blogspot.com.br/2012/07/cartao-defis-dsv.html), de
acordo com a Lei 5296 de dezembro de 2004, as pessoas ostomizadas são consideradas
pessoas com deficiência física, conforme previsto em seu artigo 5º , parágrafo
1º letra a, e portanto têm direito ao
Cartão de Estacionamento para Pessoa com Deficiência.
Como sua deficiência não é visível, Juliana percebeu muitos
olhares curiosos e julgadores sempre que estacionava seu carro em uma vaga
especial, mesmo colocando seu Cartão DeFis. Isso porque não faz uso de cadeira
de rodas, nem tem membro amputado e sai andando do carro.
Cansada de passar por situações constrangedoras nossa amiga teve
a ideia de confeccionar um adesivo com o símbolo nacional de pessoa ostomizada e
com o fundo azul, para colar no vidro de seu carro e consequentemente minimizar
os olhares curiosos e julgadores.
Antes disso, ela pesquisou outros adesivos e encontrou um
parecido, porém a pessoa ostomizada está na cor preta e o fundo na cor branca. Juliana
acredita que este adesivo com a pessoa ostomizada na cor preta não iria remeter
a nada, pois ninguém é obrigado a conhecer o símbolo nacional da pessoa
ostomizada, já que a ostomia é pouco divulgada, e muito menos saber que uma
pessoa ostomizada é considerada deficiente físico. Então, ela simplesmente
substituiu as cores e confeccionou um adesivo no mesmo padrão dos adesivos com
símbolo internacional do deficiente físico. Em seu adesivo, Juliana colocou o
fundo azul e a pessoa ostomizada em branco com o símbolo da ostomia em
vermelho. Ela acredita que o azul fará as pessoas lembrarem-se, mesmo que
inconscientemente, do símbolo do cadeirante, do deficiente... que é mundialmente
conhecido.
Além disso, a Juliana escreveu a seguinte mensagem em seu
adesivo:
Nem toda deficiência é
visível
#respeite#seinforme
Isso tudo para chamar a atenção das pessoas, para que elas
usem o bom senso e não julguem os outros apenas pela aparência.
Juliana chama a atenção para o fato de que o
adesivo não tem nenhum valor legal, e que para estacionar o carro em vaga
especial, é necessário adquirir o cartão DeFis. Saiba como adquirir o seu no
link:
Ju, parabéns pela iniciativa!!! Que você sirva de inspiração
para muitas pessoas, que assim como você, lutam pela causa dos ostomizados!!!
Nós, do Ostomia sem fronteiras, estamos com você!!!
Referências:
quinta-feira, 14 de julho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
Não é um adeus, apenas um até breve...
No dia 05/06/2016, o Ostomia sem fronteiras se despediu de
uma de suas fundadoras: Christiane Kaori Yamada!
Sei que será muito difícil, mas farei de tudo para dar
continuidade ao nosso blog!
Continuarei lutando para divulgar tudo aquilo que você
sempre acreditou...que o ostomizado merece uma vida digna, com acesso às leis,
aos materiais, aos conhecimentos...
Minha irmã, não irei te decepcionar...cada post e cada
depoimento que eu postar em nosso blog com certeza terá o seu consentimento, a
sua aprovação!
Portanto, nossos amigos e seguidores, o blog Ostomia sem
fronteiras continuará caminhando, mesmo em tempos difíceis.
Vamos manter a fé!
Gratidão!
Cláudia Hitomi Yamada
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Depoimento Carlos Roberto
Gostaria de
compartilhar a minha história.
Sou cadeirante,
tenho 27 anos e há seis anos atrás precisei fazer a colostomia para desviar o
trânsito intestinal, pois tive escara. Após
um ano me recuperei da escara e entrei com pedido de reversão da ostomia. Somente
esse ano conseguir fazer a cirurgia...
Durante o período em que usei colostomia não foi nada fácil, mas hoje agradeço
a Deus por por ter minha saúde de volta,
Agradeço a vocês
pela compreensão e por estarem sempre aqui para nos ajudar muito obrigado pelos
esclarecimentos.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
O ostomizado é considerado uma pessoa com deficiência física
Christiane e Cláudia
Yamada
Existem
vários tipos de deficiência física e de acordo com o Decreto no 5296
de 02 de dezembro de 2004, os ostomizados são considerados pessoas com
deficiência física, conforme previsto em seu artigo 5º, parágrafo 1º letra a.
Existem
as deficiências físicas que são visíveis e aquelas que não são, e a ostomia é
uma das deficiências que não são visíveis, pois ficam por baixo da nossa roupa,
e por isso muitos ostomizados acabam sofrendo calúnia ao usarem os seus
direitos de deficiente físico.
Nós
ostomizados temos o direito de usar o caixa prioritário (em bancos,
supermercados, lojas...), banheiro prioritário, vaga para deficiente físico (se
possuir o cartão DeFis-DSV), assentos prioritários (em transportes públicos)...
Portanto, antes de julgar uma pessoa que estiver usando algum dos direitos de
deficiente físico, procure saber qual é a sua deficiência, ela pode não ser
visível.
Nós
temos o direito de preservar a nossa condição de ostomizado e por isso, não
temos a obrigação de ficar com a nossa bolsa a mostra só para usarmos os nossos
direitos.
Vocês
não têm culpa de não verem a nossa deficiência, mas nós também não temos culpa da
nossa deficiência não ser visível. Você gostaria de sofrer calúnia ao usar um
direito seu? Com certeza não, portanto pense antes de julgar.
Para
baixar o Decreto no 5296 de 02 de dezembro de 2004, acesse o link:
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Depoimento de Camila Coelho da Silva
Olá, meu esposo ficou colostomizado por 3 meses devido a uma
diverticulite perfurada e peritonite purulenta. Foi tudo de repente!
Ele ficou ruim em 25 de outubro de 2015 com uma dor terrível
na barriga e de repente estava ostomizado e ainda com infecção generalizada.
Foi tudo muito difícil de início, mas Deus operou um milagre
e o trouxe de volta para mim.
Resumindo, no dia 27 de janeiro de 2016, meu esposo fez a
cirurgia de reversão e já está em casa. Ele ficou 8 dias hospitalizado. Depois
da cirurgia ficou 5 dias sem comer e sem beber água, pois estava com muitos
gases. Ele evacuou 1 dia depois da cirurgia. Esta com dificuldade para andar,
pois os pontos da bolsa estavam repuxando muito, então não conseguia andar direito.
Resumindo, tirando isso, a recuperação dele está uma benção.
O depoimento de todos vocês foi muito edificante! Segui
todas as dicas das meninas, levei lenços umedecidos, papel higiênico macio e
nos ajudou muito. Ele não teve crise de diarréia, pois como as meninas haviam
dito, cada organismo reage de uma forma diferente.
Gostaria de agradecer todos do Ostomia sem fronteiras!
Vocês foram nossa família, pois aqui em Presidente Prudente
não temos uma Associação para Ostomizados. Tudo o que aprendemos desde a troca
de bolsa à cirurgia de reversão foram vocês! Por isso louvo a Deus por cada um
de vocês.
Que Deus possa abençoá-los abundantemente!
Beijos e fiquem com Deus!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Ostomia e a beleza interior
Christiane e Cláudia
Yamada
A
nossa vida é uma incógnita e existem muitas coisas que podem nos acontecer sem termos
a mínima ideia de que existiam. Muitas vezes não acreditamos em algumas transformações
e condições que são impostas a nós e ao nosso corpo, e não temos outra opção a
não ser aceitarmos, e como exemplo, podemos citar a ostomia.
São
vários os motivos que podem levar uma pessoa a ficar ostomizada (acidentes,
doenças inflamatórias, câncer, má formação congênita, entre outros), porém a
maioria das pessoas não sabe o que é uma ostomia, ela só vai descobrir quando
fica ostomizada ou tem parentes/amigos ostomizados.
Nós
sabemos que a ostomia é a “solução” para alguns problemas de saúde e ao
confeccioná-la o médico tem o intuito de melhorar a qualidade de vida de seu
paciente, porém, mesmo assim, muitas vezes é difícil de aceita-la, pois ela pode
trazer à pessoa ostomizada algumas dificuldades sociais, como vergonha, medo,
discriminação, sentimento de rejeição, sentimento de inferioridade, beleza....
Em
relação a beleza, nós gostaríamos de saber: você que é ostomizado (a), o quanto
você se permite ou impede de ser belo (a) por causa da ostomia?
O
fato de você ter que ficar com uma bolsa coletora de fezes e/ou urina no
abdome, que é uma das partes do corpo mais supervalorizada por homens e
mulheres, te impede de ser belo (a)?
Provavelmente
muitas pessoas responderão sim, porém é preciso refletir melhor sobre alguns
pontos, pois a beleza, na verdade, não está apenas no corpo físico, no exterior,
a beleza interior também é muito importante. Não adianta ter um corpo perfeito,
lindo e não ter caráter, coração, educação, paz de espírito, alegria de viver...
Não só o ostomizado, mas todas as pessoas deveriam gostar de si mesma, valorizar-se,
aceitar-se como é, sem se importar tanto com o exterior.
Além
disso, usar a bolsa de ostomia não te impede de se arrumar para ficar mais
bonito (a). Você pode ter o seu charme cuidando da sua pele, do seu cabelo, se
maquiando, pintando as unhas, se vestindo bem (mesmo que logo após a cirurgia você
tenha um pouco de dificuldade para escolher a roupa, com o tempo você irá
aprender qual o melhor modelo de roupa que irá valorizar o seu corpo).
Vocês
conhece a expressão “se você tem limões, faça uma limonada”? É o que precisamos
fazer… Limonada! É uma questão de adaptação, de se sentir belo (a) independente
de ser ostomizado (a) ou não, de ter atitude, de mostrar a sua força e a sua
gratidão por estar vivo (a)... A nossa beleza não está apenas no nosso físico,
está principalmente no nosso interior, na nossa capacidade de nos fazer belo
(a)!
“A
beleza exterior atrai, mas procure conhecer o interior das pessoas. Nem sempre
a beleza de fora, é a mesma de dentro. Por fora somos comuns. Por dentro é que
está a diferença de cada um” (Lalá Neves)
Vamos
nos fazer belo (a)?
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