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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Uma lição de vida!

Nós gostaríamos de compartilhar com vocês um vídeo muito emocionante, que nos levou a refletir como a cabeça de cada ser humano pode fazer a diferença na vida de uma pessoa ostomizada, deficiente auditiva, deficiente visual...enfim de qualquer pessoa que apresente alguma deficiência física.

Este vídeo nos mostra que mesmo com a deficiência, essa mulher não perdeu o seu brilho e muito menos a vontade de viver! Continuou vivendo com otimismo, entusiasmo e alegria, acreditando sempre no amanhã, e em um dia melhor!

Enquanto isso, muitos de nós, fortes e saudáveis, vivemos reclamando da vida, fazendo de cada obstáculo um problema...

Então amigos...vamos nos espelhar nesta linda e forte mulher, e fazer valer a pena viver esta tão abençoada segunda chance que Deus nos deu!!! Vamos ser felizes!!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Depoimento de Renata

Acompanhe a seguir um depoimento emocionante, de uma mulher linda, forte, guerreira, batalhadora, que é ostomizada desde os 3 anos de idade.



Olá pessoal, me chamo Renata, tenho 34 anos e sou Ileostomizada, vou dividir com vocês um pouquinho da minha história.
Meu nascimento foi normal, aos 03 meses de vida, comecei apresentar sinais em meu corpo, que na época foram tratados como uma virose tinha febres de 40°, diarréia constante, irritabilidade e perda de peso, essa situação durou até os 02 anos de idade, foi quando minha mãe brigou no hospital do município que resido até hoje (Porto Ferreira), devido a sua atitude me enviaram para Ribeirão Preto no hospital Santa Lydia, onde foram realizados os primeiros exames que constataram “doença de CROHN”, sendo transferida imediatamente para o Hospital das Clinicas Campus.
Minha mãe conta que durante esse período era loirinha por falta de vitaminas, se me colocasse em pé eu desmontava de tão fraca que era.
No dia 27 de novembro de 1980, já com 03 anos de idade, realizei a primeira cirurgia, onde foi feito uma Colectomia total devido a um Mega Colon Tóxico, passando a usar a bolsa coletora, dois meses depois, em 31 de janeiro de 1981, passei pela segunda vez na mesa de cirurgias, o motivo desta vez foi Lise de Bridas, onde o intestino parou e as fezes começaram a retornar pela boca, depois disso, fiz a terceira cirurgia para retirada de 20 cm do intestino delgado, provocada pela reincidiva do CROHN, somente em 1990 no dia 04 de agosto, fui submetida a ultima cirurgia na Proctologia, havendo a amputação do sigmóide e do ânus, tornando a Ileostomia definitiva, mantendo o acompanhamento até hoje no HC.
A fase da infância foi complicada, devido o preconceito que senti na pele de familiares e o abandono do meu pai, na escola não tinha muito amigos, não me deixavam brincar com medo de pegar alguma coisa (rss) e as professoras com medo de me machucar. Na adolescência, me sentia o patinho feio, não me amava, não aceitava minha condição de vida (Ileostomizada), usava roupas largas e grandes para meu tamanho, tudo para me esconder. Aos 18 anos comecei a namorar e tudo começou a se modificar, comecei a ver que não era tão ruim como sempre imaginei, afinal, havia encontrado alguém que gostava da minha pessoa; Nesta idade tudo é ilusão, a família do meu ex-namorado não aceitava nosso namoro devido eu ser Ileostomizada, após tanta pressão ele terminou o namoro, Graças a Deus.
Depois de um ano conheci meu príncipe encantado, meu marido André, namoramos e no mesmo dia que completamos 03 anos de namoro nos casamos, hoje estamos casados há quase 11 anos, seus parentes nunca fizeram objeções sobre nosso relacionamento e sempre me trarão com muito carinho.
 Adoro compartilhar minha história, sei que é mais uma história comum, mas é a minha história, lembrar cada parte dela me torna mais forte, dividir com as pessoas me deixa feliz, assim como ocorreu comigo, ocorre com outras pessoas também, o segredo de ser feliz, é você ter coragem de enfrentar o desconhecido, sacudir a poeira e ir a luta por seus objetivos, é nunca deixar-se abater por mais duro que seja o momento que esta vivendo, tudo tem um porque, tudo tem o seu motivo, a Ostomia é simplesmente uma nova porta que a vida nos oferece, uma nova história que o Senhor nos deixa escrever, dependendo somente de nossos esforços, nossa vontade, para escrever páginas de alegria, de felicidade, de lições bem aproveitadas, nada em nossa vida é por acaso, por tanto aproveite cada oportunidade que Deus lhe proporcionar.
Ostomia é vida, viva cada dia com sabedoria, procure ver os benefícios que a Ostomia nos oferece, não se deixe abater, o desanimo só vai piorar as coisas, se Deus lhe permitiu tal condição é por ser uma pessoa especial, não decepcione as pessoas que te vem como um exemplo de vida, como pessoa e como superação, você consegue, sabe por quê? Porque não esta sozinha (o), estamos caminhando ao seu lado!!!
Beijos a todos!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dia Nacional dos Ostomizados - 16 de novembro

Para você o que significa ser ostomizado?
Para muitas pessoas a ostomia representa medo, revolta, angústia, tristeza...porém, você já parou para pensar que ser ostomizado é maravilhoso?
Você já pensou que se você não fosse ostomizado, talvez hoje você não estaria vivo? Não teria a oportunidade de trabalhar, passear, sorrir, viajar, brincar, estudar...
Pense em quantas pessoas gostariam de ter uma segunda chance para viver e não tiveram? Pois é, você teve essa chance!!! Você sobreviveu e foi graças à ostomia!!! Então, agarre-se nela e aproveite a vida!!!
Sabemos que não é fácil aceitar a condição de ser ostomizado, mas pense pelo lado bom, você venceu, você é vitorioso e as pessoas ao seu redor estão orgulhosas de tê-lo (a) como amigo (a), pai, mãe, filho (a), neto (a), tio (a), sobrinho (a), primo (a)...
Dia 16 de novembro, é o dia nacional dos ostomizados, agradeça por estar vivo, agradeça à cirurgia da vida...e seja muito feliz, pois você merece!!!
Parabéns a todos os ostomizados pela sua vitória, fé, garra e perseverança!!!

Essa é a nossa homenagem a todos os ostomizados!!!


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ostomia x Gravidez

A maternidade é um grande sonho para a maioria das mulheres, porém uma mulher ostomizada tem muito medo, dúvidas e receio de engravidar...e por isso é importante procurar seu médico durante o período pré-concepcional, para saber quais são as suas chances e riscos, além de receber informações específicas para que sejam detectados precocemente sinais e sintomas de complicações.

Algumas mulheres ostomizadas podem engravidar normalmente, outras não. Isso depende muito da doença que ocasionou a cirurgia e quais órgãos foram afetados.

Além das mudanças comuns da gravidez, a grávida com ostomia apresenta também mudanças em relação à auto-imagem, ao stress dos cuidados diários com estoma, e também a preocupação, pois se deve ter em conta que o crescimento do feto provoca distensão abdominal e que isso pode afetar o estoma. Como isso depende da realidade física de cada um, só um profissional médico pode responder precisamente a essa pergunta.


O acompanhamento nutricional de toda mulher, independente de ser ostomizada ou não, durante a assistência pré-natal é extremamente importante para a saúde do bebê e da mãe, pois durante a gestação, há necessidade adicional de energia por causa do crescimento do feto, da placenta, dos tecidos maternos, bem como para o próprio consumo da gestante. 


A grávida com ostomia deve ter uma alimentação variada, rica em nutrientes essenciais, e com a quantidade de calorias adequada à fase de desenvolvimento fetal, assim como qualquer outra mulher.

A restrição de energia nesse período pode ocasionar conseqüências negativas ao bebê, pois o crescimento fetal ótimo somente ocorre quando a gestante é capaz de acumular reservas corporais extras. Mas, também não pode exceder em calorias, pois o aumento de peso da mãe, não oferece bom peso para o bebê e ainda, pode trazer riscos para os dois, como por exemplo, a eclâmpsia, que é o aumento de pressão arterial, que coloca em risco a vida dos dois. 

A deficiência nutricional da gestante pode acarretar repercussões tanto no organismo materno (anemias, hemorragias, ganho de peso inadequado, parto prematuro, entre outros), como no recém nascido (redução de peso e estatura ao nascer, tendência a anemia e infecções, alterações no desenvolvimento motor, alterações visuais e, posteriormente, menor rendimento escolar). Portanto, o monitoramento do estado nutricional da gestante é de suma importância.

A gestante ostomizada, provavelmente, precisará de suplemento de ácido fólico e de vitaminas devido à maior dificuldade de absorção dos nutrientes.

O ácido fólico ou folacina é uma vitamina que trabalha na formação de nossos genes, essenciais para a divisão celular e ainda na formação de células sanguíneas na medula óssea. Na gravidez, é especialmente importante na formação do tubo neural do feto, e sua deficiência pode resultar em má formação neural.

Está presente no fígado, feijões, vegetais verde-escuro (especialmente espinafre, aspargo e brócolis frescos), carnes magras e pão de trigo integral.

Vale ressaltar que os vegetais verde-escuro possuem grandes quantidades de ácido fólico, entretanto devem ser consumidos frescos e in natura, pois o armazenamento, a forma de preparo doméstico ou o processamento destes pode ocasionar grandes perdas deste nutriente.

Algumas dicas de alimentação na gravidez de uma mulher ostomizada:
• Beber líquidos constantemente, de 2 a 2,5 litros por dia. Isto ajuda a combater os inchaços muito comuns na gravidez e evita a desidratação; 
• Consumir pelo menos três frutas por dia, além de legumes e verduras no almoço e jantar. Esses alimentos são ricos em fibras, que previnem a prisão de ventre, muito comum na gestação. Não se esquecer de mastigar bem os alimentos! 
• Fracionar as refeições em cinco ou seis vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigar devagar.
• Consumir alimentos com baixo teor de gordura e evitar ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia.
• Evitar o consumo de adoçantes durante a gravidez, exceto quando prescrito por nutricionista ou médico.

O que fazer quando:

Apresentar náuseas:
-fracionamento adequado da dieta (5 a 6 refeições diárias);
-refeições constituídas por alimentos a base de carboidratos, como cereais cozidos, torradas, biscoitos simples, batata cozida, estes alimentos tem uma digestão fácil, fornecem energia e não sobrecarregam o estômago;
-a restrição de líquidos de 1 a 2 horas antes e após as refeições, ajuda a aliviar as náuseas e vômitos freqüentes neste período;
-Comer algum alimento a cada duas horas, sempre em pequenas porções – muitas horas em jejum é um dos fatores que aumentam o enjôo;
-Evite odores fortes, comida gordurosa e temperos fortes – estes alimentos têm uma digestão mais lenta podendo sobrecarregar o estômago e deixar a sensação de estômago cheio, desconfortável;
-A intolerância a leite e carnes é muito comum. Como estes alimentos são as principais fontes de proteínas, cálcio e ferro, é importante estar atenta e optar por outros alimentos fontes de proteínas: ovos, iogurte, queijos, leguminosas, peixes e frango;
-Não consuma álcool – além de prejudicar a formação do bebê, pode dificultar o trabalho do estômago;
-Não abuse do café – além de atrapalhar o sono se consumido em quantidades elevadas, pode promover mais enjôo;
-Adicionar limão na água ou em chás e beber durante o dia pode ajudar a diminuir os enjôos;
-Limonada sem açúcar e bebidas frias e ácidas ajudam a diminuir o enjôo;
-Evite deitar após as refeições.
Se ocorrerem mais de um episódio de vômitos ou tiver sinais de desidratação, tais como urina muito concentrada e boca seca, a grávida deve comunicar a equipe de saúde, pois uma pessoa ostomizada perde cerca de 500 a 750 ml de líquidos por dia, enquanto uma pessoa que não é ostomizada perde cerca de 100 a 200 ml de líquidos por dia.

Apresentar azia: ingerir os alimentos em pequenas porções e mastigar lentamente. O tratamento nutricional está ainda relacionado à prática de dieta fracionada e à diminuição de alimentos gordurosos, frituras, café, chá, pimenta e condimentos em geral. O fato de não se deitar após as refeições e elevar a cabeceira da cama também são positivas para evitar o problema.

Apresentar Constipação: incluir na dieta frutas frescas, cereais integrais e hortaliças cruas. O consumo adequado de água também é muito importante, e por isso sugere-se um consumo médio de dois litros a 2 e meio por dia. Lembrar-se de mastigar bem os alimentos!

Apresentar muitos gases: Geralmente os gases intestinais são causados pelo ar que é deglutido (engolido), bebidas gaseificadas e ação das bactérias sobre a comida indigesta!

A grávida com ostomia pode ter uma experiência de gravidez, parto e pós-parto normal.

 

Referências
1 Aukamp V, Sredl D. Collaborative care management for a pregnant woman with an ostomy. Complement Ther Nurs Midwifery. 2004 Feb; 10 (1): 5-12.

 

2 BARKER, D.J.P. Fetal origins of coronary heart disease. BMJ, v 311, n 171, 1995.

 

3 Dietary Reference Intake: Application in Dietary Assessment. Institute of Medicine (IOM) [online] 2001 [cited 20-9-2001].

 

4 Diniz LEV. Nutrição e gravidez. In: Zugaib BM, Sancrovski M. O pré-natal. Rio de Janeiro: Atheneu; 1994. p.71-6.

 

5 GOULART, R.M.M., BRICARELLO, L.P. Aspectos nutricionais na gravidez. Rev Bras Med, v 57, p 12-17, 2000.

 

6 Gutierrez Y, King JC. Nutrition during teenage pregnancy. Pediatr Ann 1993; 22(2):99-108.          

 

7 JEWEL, I.D., YOUNG, G. Interventions for nausea and vomiting in early pregnancy. Cochrane Database Syst Rev, v 1, p 145, 2002. 
KRAUSE. 
Alimentos, nutrição & dietoterapia.11 ed. São Paulo. Roca. 2005. 

 

8 Mikode MS, White AA. Dietary assessment of middle-income pregnant women during the first, second, and third trimesters. J Am Diet Assoc 1994; 94(2):196-99. 

9 NASCIMENTO, A., SOUZA, S. B. Avaliação da dieta de gestante com sobrepeso.Rev. Nutri, v 15, n2, p173-79, 2002.


10 Neuhouser MLS. Nutrition during pregnancy and lactation. In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause's food, nutrition, and diet therapy. Philadelphia: W.B. Saunders; 1996.

11 RAINVILLE, A. Pica practices of pregnant women are associated with lower maternal hemoglobin level at delivery. J Am Diet Assoc, v 98, p 293, 1998.

 

12 SILVA, L.S.V., THIAPÓ, A.P., SOUZA, G.G., SAUNDERS, C., RAMALHO, A. Micronutrientes na gestação e lactação. Rev Bras Saúde Matern Infant, v 7, n 3, p 237-44, 2007.


13 Sredl D, Aukamp V. Evidence-based nursing care management for the pregnant woman with an ostomy. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2006 Jan-Feb; 33 (1):42-9.

 

14 Williams SR. Orientação nutricional na assistência pré-natal. In: Worthington-Roberts BS, Vemeerchi J, Williams SR. Nutrição na gravidez e lactação. Rio de Janeiro: Interamericana; 1986. p.105-35. 
p.181-201.          

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Depoimento de uma menina SUPER PODEROSA!


Acompanhem o lindo depoimento de Célia Castro que, enfrentou um câncer na bexiga, teve sua morte declarada em 1994, porém, sacudiu a poeira, deu a volta por cima, e renasceu em 2010!!!


COMO ESQUECER UMA DATA QUE MARCA PARA SEMPRE NOSSAS VIDAS?
O DIA NÃO É TÃO IMPORTANTE, QUASE NÃO ME LEMBRO, POIS FORAM TANTOS IGUAIS, QUE O MÊS SE TORNOU UM SÓ.
MÊS DE MAIO, INTERESSANTE QUE NORMALMENTE ESTE MÊS SE COMEMORAM DATAS ALEGRES, COMO DIA DAS MÃES, NOIVAS GOSTAM DE SE CASAR NESTE MÊS, AINDA NÃO ENTENDI PORQUE, MAS TUDO BEM. NUM DESTES DIAS DO MÊS DE MAIO, MINHA FAMÍLIA FOI CONVIDADA PARA UMA REUNIÃO FAMILIAR COM A EQUIPE DE UROLOGIA DO HC DE MARÍLIA
PARA MOSTRAR MEUS EXAMES, CLARO QUE NÃO ME CONVIDARAM,  ELES JÁ TINHAM ME APRESENTADO UM TAL DE ADENOCARCINOMA QUE PARA SIMPLIFICAR UM CÂNCER MALIGNO NA BEXIGA. ANO 1994, EU TINHA SÓ 35 ANOS, COM MEUS DOIS FILHOS PEQUENOS,
EU CHORAVA MUITO, NÃO PORQUE OS MÉDICOS DISSERAM QUE IRIAM ABRIR E DEPENDENDO DO QUE ENCONTRASSEM NADA IRIAM FAZER, MAS CHORAVA PORQUE EU NÃO IRIA VER MEUS FILHOS CRESCEREM, MEU DEUS O QUE SERIA DELES???
MINHA FAMÍLIA FICOU SEM CHÃO. ERGUI A CABEÇA, NÃO QUIS CONSOLO, EU CONSOLEI MEU MARIDO E MEUS PAIS, MAS POR DENTRO EU ESTAVA ACABADA. CIRURGIA MARCADA E REALIZADA, TIRARAM MINHA BEXIGA, IMPLANTARAM MEUS RINS NO MEU INTESTINO, DECLARARAM A MINHA MORTE. 25 DIAS APÓS VEIO A ALTA HOSPITALAR, BOA NOTICIA?, SIM O TUMOR TINHA SE ALOJADO SOMENTE NA BEXIGA, SEM PROBLEMAS MAIORES, ASSIM TODOS PENSARAM.
QUANDO EU DISSE QUE DECLARARAM MINHA MORTE, ISTO FOI FATO, POIS A PARTIR DESTE MÊS, NUNCA MAIS FUI A MESMA PESSOA, NADA  MAIS EU PODIA FAZER, NÃO SAIA DE CASA, NÃO ME DIVERTIA MAIS, COMO SAIR?, SE ANDASSE CEM METROS PRECISAVA URGENTE DE UM BANHEIRO, SIM PORQUE O INTESTINO RECEBIA TODA URINA SAÍDA DOS RINS, COMO ELE NÃO SERVE DE RESERVATÓRIO, TINHA PRATICAMENTE SAÍDA LIVRE, E PIOR URINA JUNTO COM FEZES. ESTA ERA MINHA MORTE. COM O PASSAR DO TEMPO, COMO ERA DE SE ESPERAR, VIERAM AS COMPLICAÇÕES, COMEÇOU DE NOVO UMA NOVA ETAPA, INFECÇÕES REPETITIVAS NOS RINS, POR ELE ESTAR LIGADO EM LUGAR CONTAMINADO POR MILHÕES DE BACTÉRIAS,  UMA SEMANA INTERNADA, TRÊS SEMANAS COM ANTIBIÓTICO EM CASA, NEM BEM TERMINAVA O TRATAMENTO EM CASA, LÁ ESTAVA EU INTERNADA NOVAMENTE, POR CONTA DESTAS INFECÇÕES, FUI PERDENDO A CAPACIDADE DOS RINS, A PONTO DE UM SÓ FUNCIONAR COM 65%. ATÉ QUE INSISTENTEMENTE, FIZ COM QUE O MÉDICO, ME COLOCASSE  O ESTOMA, COM MUITA DIFICULDADE, CONSEGUI CONVENCÊ-LO. CIRURGIA MARCADA, INTERNADA  E REALIZADA, AGORA JÁ COM COMPLICAÇÕES, MAS TERMINADA COM MUITO SOFRIMENTO, E COINCIDÊNCIA OU NÃO, MORTE EM MAIO DE 1994 - VIDA EM  MAIO DE 2010, PRA FINALIZAR RIM QUE HÁ 16 ANOS ESTAVA PARADO, VOLTOU A FUNCIONAR, ISTO OS MÉDICOS NUNCA PREVIRAM.  MAS EU CONHECO O DEUS QUE ME CUIDA!!! E HOJE INSISTO EM DIZER UMA FRASE QUE NEM SEI COMO SURGIU EM MINHA MENTE, MAS A USO COM FREQUÊNCIA: "SER OSTOMIZADA E NÃO TER VERGONHA DE SER FELIZ! " HOJE SAIO DE CASA,  VIAJO, AJUDEI A FUNDAR A ASSOCIAÇÃO DOS OSTOMIZADOS DE MARÍLIA E REGIÃO, ONDE  SOU VICE- PRESIDENTE, INTERAJO COM MUITAS PESSOAS OSTOMIZADAS OU NÃO, POIS ALÉM DESTA OCUPAÇÃO FAÇO UM TRABALHO VOLUNTÁRIO NUMA ESCOLA PÚBLICA, MEUS FILHOS CRESCERAM, CASARAM-SE E ME DERAM LINDOS NETOS, E PRA TERMINAR DIGO QUE SACUDI A POEIRA  E DEI VOLTA POR CIMA, E AQUI ESTOU ME ACHANDO MENINA SUPER PODEROSA!!!